sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

xmas cookies de canela e gengibre


Quase não publiquei estes cookies aqui porque alguma coisa deu errada na execução da receita e tive o maior trabalho da minha curta vida de cozinheira para conseguir dar-lhes uma textura modelável. Eles são uma delícia e, no fim das contas, ficaram tão bonitinhos e natalinos que achei merecedores de alguns minutos de fama.

À guisa de alerta, repito: executei ipsis literis a receita e a massa ficou muito mole para usar os cortadores de biscoito em formato de árvore de Natal. Após tentativas que resultaram em... coisinhas perfumadas amorfas,  dividi a massa em duas, coloquei metade na geladeira para resfriar um pouco mais e com o que restou resolvi fazer apenas bolinhas decoradas com uma avelã no centro (idéia esta da minha mãe, socorrendo-me na cozinha após ouvir suspiros e gemidos de frustração, tks mum!).

Somente após as primeiras fornadas bem sucedidas é que resolvi pegar a massa gelada e arriscar cortá-la em formatos mais natalinos: primeiro as estrelas cadentes e só depois que a massa amoleceu novamente é que fiz os sinos, já que estes são menos retalhados.

A receita sugere uma cobertura de limão que deve acrescentar um contraste legal com as especiarias perfumadas da massa, mas depois de toda a trabalheira dei por pronto e acabados os biscoitinhos assim que saíram do forno.  

Imagino que o nosso calor tropical seja o vilão da consistência dos cookies de natal, então se alguém se aventurar nesta receita, sugiro deixar a massa na geladeira por umas três horas, pelo menos!


De sabor indiscutível, os cookies ficaram deliciosos e renderam um bocado enorme que filho, mãe, vovó, ex-sogra, namorado e até o terapêuta  receberam quitutes natalinos!


Cookies natalinos de canela e gengibre (ligeiramente adaptada do useful, handy and inspiring site da Martha Stewart)

Para a massa:

  • 2 1/2 xíc. de farinha de trigo, mais um pouco para enfarinhar
  • 1 c. chá de bicarbonato de sódio
  • 1 c. chá de gengibre em pó
  • 1/2 c. chá de cravo em pó (ou triturado no pilão)
  • 1/2 c. chá de canela em pó
  • 1 c. chá de sal grosso (usei flor de sal)
  • 226 gramas de manteiga sem sal em temperatura ambiente
  • 3/4 xíc. de açucar cristal
  • 1 ovo grande
  • 1/4 xíc. de melado de cana (não tinha e usei néctar de agave)

  • para a cobertura:

    • 2 c. sopa de sumo de limão espremido na hora
    • 1 1/3 xíc. de açucar de confeiteiro
    • Açucar cristal para polvilhar (optional)

Preparo dos cookies

  1. Numa tigela média misture os ingredientes secos: farinha, bicarbonato, gengibre, cravo, canela e o sal.
  2. Na tigela grande da batedeira, bata em velocidade média-alta a manteiga e o açucar cristal até obter um creme fofo e claro (aproximadamente 3 minutos)
  3. Acrescente o ovo e bata até combinar, repita este procedimento com o melaço, raspando as laterais da batedeira com uma espátula, se necessário para incorporar toda a massa.
  4. Em velocidade baixa, vá acrescentando aos poucos a farinha,batendo apenas até que tudo se combine.
  5. Envolva a massa no filme plástico e leve à geladeira por no mínimo 1h até três dias (faça isto pelo menos por três horas se vc estiver cozinhando no verão do hemisfério sul!).
  6. No final do tempo de geladeira, pré-aqueça o forno em 180ºC
  7. Enfarinhe levemente a sua superfície de trabalho, retire a massa da geladeira e com o rolo abra a massa na espessura de um pouco menos de 0,5 cm. Com o cortador de biscoitos ou com uma faca afiada, modele na forma de sua preferência.
  8. Se for usar as avelãs para decorar seus biscoitos, coloque-as agora, antes de ir para o forno.
  9. Disponha os biscoitos cortados e duas assadeiras grandes, de beiradas baixas e e forradas com papel manteiga, deixando alguns centímetros de espaço entre elas.
  10. Asse até que os cookies pareçam firmes e levemente dourados nas beiradas (10-12 min.)
  11. Transfira-os para uma gradinha e deixe-os esfriarem completamente com o papel manteiga e tudo.

Preparo da cobertura (que não fiz)
  1. Numa tigela pequena misture o suco de limão e o açucar de confeiteiro até ficar homogêneo.
  2. Com a ajuda de uma colher ou um saco de confeiteiro com o bico mais fino possível, espalhe a cobertura fazendo o desenho que lhe convenha. Salpique o açucar cristal por cima da cobertura.

sábado, 10 de dezembro de 2011

couscous de quinoa à indiana



Era meio dia de um sábado que começara há seis horas. Já havia levado minha mãe ao aeroporto, passeado o caozinho, comprado coisinhas na feira e feito uma aula de 1h de spinning, pois estava com cara de que ia chover e resolvi garantir minha dose diária de serotonina.

Estava com fome e vontade de comer coisas saudáveis, como estranhamente acontece após fazer algum exercício físico de esforço vigoroso. Eu já havia cozinhado um potinho de quinoa, sem tempero, sem nada, prontinho para se transformar numa delícia naturaleba e substanciosa em alguns minutinhos. :-)) Tudo o que eu precisava era de um pouquinho de imaginação e alguns ingredientes básicos e/ou dando bobeira na geladeira.

E foi assim que surgiu este couscouzinho : peguei o abacaxi madurinho, extra doce e quase se perdendo na geladeira, cortei umas duas fatias suas em cubinhos e joguei numa panela, depois de refogar meia cebola cortada em finas tiras. Abaixei o fogo e após breves instantes apenas o suficiente para os sabores interagirem, adicionei 3 colheres de sopa de quinoa (já cozido, não se olvidem!), uma boa salpicada de curry, uma pitada de canela e uma moidinha de sal grosso. Mexi durante mais alguns minutos, e, antes de desligar o fogo, acrescentei 1 colher de chá de gergelim preto.

Prontinho! O sabor surpeendeu-me para muito além do esperado enquanto executava seu rápido preparo. Para acompanhar preparei uma saladona de rúcula e tomate-cereja e assei abobora cabotiã, cebolas e couve-flor  com um tiquinho de azeite, sal e pimenta do reino moída no hora, cumprindo satisfeita a promessa do repás naturaleba, saboroso e substancioso.





sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sablés de coco, lavanda e limão siciliano para abrir a temporada de guloseimas natalinas




Fiz estes quitutes e não sei bem o porquê mas resolvi chamá-los de sablés, ao invés de bolinhas de côco, lavanda e limão siciliano, como proposto pelas receitas que me inspiraram a fazê-los, embora com alguns acréscimos meus de pura gulodice fantasiosa.

Opa! Acabo de me lembrar o porquê! Quando os fiz, já tinha planejado oferecer parte deles para o meu (na época ainda futuro) cheri, e, nesta noite, trocando mensagens ao celular, resolvi exercitar meu francês picarréte e lhe disse que havia cozinhado "des sablés aux noix de coco, lavande et citron jaune".

Ele ficou encantado com a descrição e doidinho para prová-los e eu, segundos após atingir um estado de graça, despenquei no limbo da insegurança e incerteza: pronto! SMS enviado não dá para voltar atrás: lá fui eu no fim da noite, corada e palpitante com o provável e iminente vexame idiomático, procurar no dicionário o significado de sablés.

E não é que me safei? pura sorte! Devo ter ouvido ou lido em alguma receita este termo e a informação ficou lá, flutuando no meu imaginário gastronômico, prontinha para ser pescada na primeira oportunidade! O fato é que sablés é uma espécie de massa de biscoito com textura de grãozinhos. Ufa! Imagino que não seja a denominação mais precisa para estes biscoitinhos, mas lhe caiu muito bem pois sua massa fica molhadinha, esfarelenta e na mordida desprende-se em pequenos grãozinhos amanteigados... miaaaam.  A receita só pedia côco, acrescentei o limão siciliano e a lavanda e consegui um biscoitinho úmido, fresh e perfumado. Se não tiver lavanda em casa, faça-os apenas com côco e limão, se não tiver limão, faça-os apenas com côco. Se não tiver côco, faça compras :-p


Sablés de Côco, lavanda e limão siciliano, adaptados daqui, que por sua vez adaptou-os daqui.
- xícara medidora de 240ml

1 xícara (226g) de manteiga sem sal, amolecida
¼ xícara (35g) de açúcar de confeiteiro peneirado, mais um pouquinho extra para polvilhar
2 xícaras (280g) de farinha de trigo
¼ colher (chá) de sal
2 xícaras (200g) de coco adoçado em flocos
2 c. sopa cheias de lavanda comestível
1 c. sopa de raspas de casca de limão siciliano

Pré-aqueça o forno a 180ºC; forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga.

Na tigela grande da batedeira, junte a manteiga e o ¼ xícara de açúcar de confeiteiro e bata até obter um creme fofo e claro.
Acrescente a farinha e o sal e misture em velocidade baixa só até incorporar. Acrescente o coco e misture com uma espátula.
Adicione a lavanda e as raspas de limão siciliano e misture novamente com uma espátula
Faça bolinhas e coloque nas assadeiras preparadas, deixando 2cm entre uma e outra. Leve ao forno só até começarem a dourar, mais ou menos 15-20 minutos.
Passe as bolinhas ainda mornas pelo açúcar de confeiteiro extra e então deixe esfriar completamente.

Guarde os sablés num recipiente hermético por até 1 semana. Du-vi-do que consiga!



terça-feira, 22 de novembro de 2011

sopa de abóbora e maça verde




Um dia uma amiga minha comentou que leu em algum lugar que sopa de abóbora com maçã é deliciosa e "ajuda a emagrecer". Obviamente que neste estágio de vida já não acredito em papai noel, coelhinho da páscoa e em alimentos que "ajudam a emagrecer". Em todo caso, retive a informação porque achei uma combinação interessante e promissora.

Realmente a sopa me agradou muito. O gosto da maça verde não fica muito realçado, apenas o suficiente para transformar uma simples sopa de abóbora em algo de sabor estimulante, diferente. Como a cabotiã já é adocicada, acho que a a maça verde é ideal para seu preparo, por sua acidez. A colherada de iogurte e os cisquinhos de gorgonzola também quebraram o adocicado da sopa  e lhe acrescentaram complexidade. 

Para os fãs de sopas, fãs de abobóra e porque não para os crédulos em dietas milagrosas, é um prato cheio, prático e saboroso. Daqueles que sem qualquer esforço propiciam a sensação de novidade e escape da rotina alimentar. 


sopa de abóbora e maçã
rend. 4 porções
350g de abobóbora cabotiã cortada em cubos;
1 maçã cortada em cubos (usei maça verde -granny smith);
1 cebola descascada e cortada em cubos;
preparo:
1. Pré aqueça o forno em 250ºC. Forre uma assadeira com papel alumínio deixando uma sobra para cobrir, regue com um fio de azeite e disponha a abobora, a maça e a cebola. salpique um pouco de sal, pimenta ou noz moscada (combina com abobora) Cubra com papel alumínio que sobrou e asse por 30 min ou até que os ingredientes fiquem macios.
2. Retire do forno, jogue tudo numa panela, acrescente umas duas xícaras de água (ou o suficiente para cobrir os ingredientes) e cozinhe em fogo baixo por uns 20 min ou até que adquira a consistência desejada. Nos últimos minutos acerte o sal e os temperos, caso seja necessário.
3. bata no liquidificador e distribua em tigelas. tá pronta!

ps1. Guarneci minha sopa com uma colher de sopa de iogurte caseiro, uns farelinhos de gorgonzola e uma torrada de pão integral com mussarela de búfala gratinada. A dica é não adicionar sabores muito fortes (arrisquei com o gorgonzola mas no fim foi tão pouquinho que não sobrecarregou o prato) ou temperos marcantes para não encobrir o gosto e aroma suave da maçã!

ps2. Prefiro assar primeiro no forno porque acho que deixa tudo mais saboroso, mas se você está com pressa ou é adepta da praticidade, coloque direto todos os ingredientes na panela com um pouco mais de água e deixe cozinhar até a abobora e a maça ficarem macias. também fica ótimo, mas talvez seja o caso de refogar a cebola com um fio de azeite, mexendo sempre, antes de acrescentar a abobora e a maçã... 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

um bolo de laranja e côco (queimado) para pagar a minha boca de sapo!






E sempre foi assim. Desde que me conheço por gente pago a minha língua, a minha enorme língua de sapo! No colégio eu sempre ficava amiga daquela garota que à primeira vista achava a mais metida da escola. Me apaixonava pelo garoto que não suportava e quase saía no tapa...  Então cresci e pouca coisa mudou. Aprendi, é verdade, a controlar melhor o ímpeto de julgar e estabelecer preconceitos, mas as palavrinhas "nunca", "jamais" ou "nem por decreto", persistem em saltar da minha boca  e vira e mexe preciso engolir e retirar o que disse.

Exemplo disto, na faculdade de direito odiava direito do trabalho (ainda odeio, vou falar bem baixinho...) e dizia que NUNCA trabalharia com isto. pronto. O primeiro estágio que fiz em escritório me selecionaram para acompanhar um advogado adivinhem de que área? trabalhista!

E agora a mais recente: no último post disse que adorava testar receitas quando tinha convivas e que quase nunca eu pagava um mico! foi só dizer! Dias depois quis preparar um bolo para o retorno da minha mãe que viajava por mais de um mês e vejam só que belezura: bolo queimado de boas vindas!

À despeito doanuncuado infortúnio, o bolo ficou ótimo e perfumado... o sabor da laranja não o deixou excessivamente doce e a massa ficou macia e úmida. Em sabor, quase não se percebeu a bela sapecada que levou do forno, e sua aparência de sobrevivente de atentado terrorista foi remediada graças ao miraculoso açucar de confeiteiro polvilhado em toda a superfície... fica a dica!

 


 A receita deste BOLO DE CÔCO E LARANJA é do delicioso blog Technicolor Kitchen, que vc pode conferir diretamente através deste link http://technicolorkitchen.blogspot.com.br/2011/05/bolo-de-coco-e-laranja-e-coisas-que-me.html


sábado, 12 de novembro de 2011

pizza de queijo de cabra, abóbora e abobrinha pour un repas sublime!



Era mais uma terça feira de sol e calor. Daquelas assim sem perspectivas além de trabalho, casa, academia, casa. Foi então que no fim da tarde, a minha irmã que morava em brasília e agora está voltando para o Rio,  à caminho de Campinas para uma visita de uma noite me telefona e diz, assim na lata: gata, estou chegando, ficarei por 2h30, cozinha algo muito bom para a gente!

Eba! o que para muitos seria um desaforo, para mim é música para os ouvidos, daquelas que alegram o coração!  Além de sua companhia sempre alegre e divertida, pensei,  eis aí uma oportunidade de colocar em prática uma das centenas de receitas que tenho guardadas na manga sob a rubrica: para preparar em menos de 2h e compartilhar com pessoas queridas.

Respondi sem pestanejar... ok vai...  pestanejei apenas o necessário para organizar a frase em francês e ficar mais estilosa: oui cherie, je vais faire un repas sublime pour toi!


E tão logo desliguei o telefone já sabia exatamente o que teríamos para o jantar:esta receita de pizza que descobri neste site aqui, adaptando apenas alguns ingredientes para usar aquilo que tinha em casa. Contrariando o bom senso, eu sou aquela pessoa que, ao invés de apostar no garantido, não recusa um desafio, um risco... e por isso adoro testar novas receitas justamente quando tenho convivas!





A minha sorte é que tenho sorte (!) ou uma mão boa para a cozinha... porque raramente quebro a cara e me envergonho publicamente com um fiasco culinário. Já aconteceu, admito, mas este não foi o caso. A empreitada foi mais que bem sucedida e aprovada com louvor nos quesitos: 1. preparo rápido e fácil; 2. apetitosa e saborosa; 3. come-se até o último pedaço. 4. merece inúmeras repetições.

Resumindo, é uma pizza despojada e elegante, de poucos ingedientes e apresentação simples mas que, no entanto, revela sabores delicados e finos. Até a forma retangular que utilizei remarcou sua simplicidade...  a elegânia lhe é intrínseca e dispensa a produção. Foi perfeita para a ocasião e o vinho branco seco que tenho sempre a postos na geladeira (a-há) completou nosso repas fancy: vraiment sublime!!


Pizza de queijo de cabra, abóbora e abobrinha
adaptada deste site aqui, e a massa de pizza do La Cucinetta
rendimento: uma pizza retangular de seis fatias médias, para duas pessoas com fome ou três comedidas.

1 disco de massa de pizza de aproximadamente 20 cm de diâmetro (usei uma forma quadrada de beeiradas baixas do tamanho de uma folha A4)
1 limão siciliano
110 gr. de queijo de cabra (usei fresco), temperatura ambiente
Algumas folhas frescas de manjericão, cortado em finas tiras (minhas folhas eram pequenas e usei inteiras mesmo)
1/2 abóbora amarela média, coratas em rodelas finíssimas (usei uma abóbora paulista pequena, de diâmetro próximo ao da abobrinha, para homogeneizar o cozimento)
1/2 abobrinha média, cortada em rodelas finíssimas (cortei as rodelas de abobrinhas com o descascador de legumes para ficarem bem fininhas)
Azeite o quanto baste
Sal e pimenta

Preparo:

Preaqueça o forno por 15 min em 230ºC.

1. Enfarinhe levemente sua superfície de trabalho e abra a massa de pizza no formato desejado, atingindo uma espessura de aproximadamente 1/2 cm.

2. Polvilhe a assadeira (ou a sua pedra de forno) com um pouco de farinha de milho (se não tiver pode ser de trigo mesmo) e transfira a massa.

3. Numa tigela pequena, misture o queijo de cabra e o suco de meio limão. Tempere com sal, pimenta do reino moída na hora e cubra a massa da pizza com esta mistura de queijo.

4. Acrescente algumas folhas de manjericão fresco por cima.

5. Disponha as rodelas de abóbora e abobrinha, intercalando suas cores, para um visual bacanets.

6. Esprema a outra metade do limão por cima e regue com um fio de azeite. (acrescentei mais umas folhinhas frescas de manjericão)

7. Asse no forno pré-aquecido (coloque a pizza na grade mais baixa possível) por 10-15 min e, como o tempo pode variar de acordo com o tamanho e potencia da chama do seu forno, observe atentamente a pizza.

8. Retire do forno quando as bordas da pizza estiverem douradas e as abóboras parecerem assadas, um pouquinho enrugadas nas bordas.

Sirva com um saladão e vinho branco seco bem gelado!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sopa de tomates, mozzarela de bufala e azeitonas recheadas [e outras comidinhas assustadoras de Halloween]

This is Halloween, this is Halloween...



This is halloween, this is Halloween... podem falar que a festa é gringa, invasão cultural, o que for, vou continuar adorando o tema e a oportunidade de cozinhar pratos divertidos, brincar com decorações bizarras e assistir filmes de terror.
É também a  festa que o meu filho mais gosta e resolvemos neste ano não deixá-la passar em brancas nuvens.





receitinha da sopa de tomate:
rendimento: 4 porções médio/pequenas
1 e 1/2 lata de tomates pelados;
1/2 cebola;
2 dentes de alho esmagados;
1 colher desobremesa de azeite ou o suficiente para dourar a cebola;
1/2 taça de vinho branco seco;
1/4 de tablete de caldo de galinha ou 1 xícara de caldo de legumes caseiro;
3 ramos de tomilho ou manjerona (eu usei tomilho pq era o que tinha em casa;
1/2 xíc de half and half (metade leite desnatado, metade creme de leite light);
sal e pimenta a gosto;
para decorar: bolinhas de muzzarela de búfala.

preparo:

1. aqueça o azeite na panela e refogue a cebola e o alho até ficarem macios e transparentes;
2. acrescente o vinho branco, abaixe o fogo e mexa de vez em quando até quase todo o líquido evaporar;
3. amasse com um garfo os tomates e despeje na panela, juntamente com todo o caldo da lata;
4.junte os ramos de tomilho ou outra erva fresca de sua preferência/
5.deixe apurar por uns 30 min;
6. retire do fogo e passe no processador ou liquidificador;
7. devolva para a panela, tempere com sal e pimenta e, por fim, despeje a mistura de leite e creme de leite mexendo apenas até incorporar;
8. Desligue o fogo e sirva as porções, colocando 2 ou três bolinhas de muzzarela de bufala. reque com um fio de azeite e uma pimentinha moída na hora e voilà!

se quiser fazer a guanição de halloween, com uma faca pequena e afiada retire o miolo de cada bolinha de muzzarella e coloque uma azeitona verde recheada com pimenta dentro. A baratona é feita de azeitona chilena espetada com raminhos de alecrim para fazer as patinhas e as antenas! 






quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Um bolo perfumado de pinhão e coco e uma tirinha para descontrair




Continuando a saga de desentulhamento da geladeira, agora foi a vez dos pinhões, um saco de quase 700g de pinhão cozido precisou ser descongelado e, após a retirada heróica das favas bolivianas, ele se tornou o novo gigante da gaveta, ululando por um destino tão nobre quanto os nutrientes que carrega (manganês, zinco, ferro, magnésio, vitamina C e E...).

Eu ADOOOORO pinhão mas sei que não é o ingrediente mais fácil de se utilizar em alguma receita, ele resseca depois de frio e seu sabor é muito sutil para ser simplesmente adicionado entre outros tantos... mas já há algum tempo vinha pensando em fazer um bolo ou pão de pinhão.

Finalmente a ocasião se apresentou e, na falta de receitas específicas, realizei que precisaria adaptar alguma já testada... como pão não é algo, pelo menos ainda, em que eu me sinta confortável em substituir ingredientes e recalcular medidas, optei por um bolo que descobri aqui, um blog fantástico, um dos meus foodies preferidos de todos os tempos e que muito tem me ensinado. Recomendo mais do que uma visita rápida, vale a pena fuçar e experimentar tudo!

A receita é de um bolo tipo inglês (loaf cake) originalmente de banana, nozes e pecãs (sublime!) que eu já havia preparado umas três vezes, combinando diferentes sabores a cada nova fornada, todas absolutamente bem sucedidas! O bolo é super fácil e prático de fazer e sua massa bastante úmida, perfeita para carregar meus queridos pinhõezinhos!

A idéia de usar o Licor 43 foi praticamente uma necessidade diante da falta de baunilha em minha dispensa...  uma idéia feliz que acredito possa alcançar êxito com outros licores como Amarula ou Baileys... alguém se arrisca?

O resultado final foi muito melhor do que o esperado: o pinhão, como eu já imaginava não acrescentou muito sabor, mas trouxe maciez ao bolo e produziu um delicioso contraste de texturas, ressaltando os flocos de côco que equilibraram a untuosidade da massa, por sua vez perfumada pelo licor 43. Um bolo delicado e aromático que dispensa acompanhamentos, ideal para servir apenas com um chazinho suave no fim de uma tarde chuvosa como a deste dia em que o preparei.

BOLO PERFUMADO DE PINHÃO E CÔCO


Tempo de preparo: 20 min. + 60 min. de forno
Rendimento: 2 bolos ingleses

Ingredientes:
  • 3 xic. farinha de trigo
  • 1 colh. (chá) bicarbonato de sódio
  • 3/4 colh. (chá) sal
  • 3 ovos grandes
  • 2 xic. açúcar cristal
  • 1 1/3 xic. óleo vegetal (uso de girassol ou canola)
  • 2 colh. (sopa) licor 43 (de especiarias) ou outro de sua preferência ou mesmo extrato de baunilha.
  • 2 xic. de pinhões cozidos (aprox. 350g), descascados e processados (meça depois de processados)
  • 1 xic. coco ralado
  • 1/2 c. chá de canela em pó
  • 1/2 xic. buttermilk (leite + uma colherinha de vinagre)

  • Preparo do pinhão:
    1. Cozinhe numa panela grande e cheia de água cerca de 350g de pinhão por aproximadamente 1h30 ou até que os pinhões amoleçam e saiam com facilidade da casca.
    2. Desligue o fogo e com os pinhões ainda quentes vá retirando aos poucos da panela para descascá-los, pois quando esfriam ficam mais difíceis. Recomendo a utilização de um descascador de pinhão como este aqui, se não tiver descasque-os espremendo a base do pinhão com as mãos e empurrando-o para fora da casca... já fiz muito isso até decidir comprar o milagroso descascador!
    3. Junte todos os pinhões descascados numa tigela e pique-os grosseiramente para facilitar a operação no processador de alimentos.
    4. Processe os pinhões, adicionando um pouco da água de seu cozimento, se necessário, para deixá-lo na consistência o mais próximo possível de um purê... igual não fica porque ele resseca conforme esfria, por isto já tenha todos os ingredientes do bolo separados e medidos antes de descascar os pinhões!

  • Preparo da massa:
    1. Unte com óleo ou manteiga duas formas de bolo inglês e pré-aqueça o forno a 180ºC. 
    2. Numa tigela, misture a farinha, o bicarbonato e o sal. Em outra tigela maior, misture os ovos, o óleo e o açúcar, até que fique homogêneo. 
    3. Junte a farinha à mistura de ovos, misturando com a colher ou garfo, apenas o suficiente para misturar a farinha. Acrescente o licor, os pinhões, o coco, a canela e o buttermilk e misture até conseguir uma massa homogênea. 
    4. Distribua nas formas e leve ao forno por 60-65 minutos, invertendo as formas no meio do tempo. Asse até que um palito inserido no centro dos bolos saia limpo.
    5. Retire do forno e deixe esfriar por 10 minutos antes de desenformá-los. Remova das formas e deixe que esfriem completamente. 
    6. Embora os meus bolos não durem mais de três dias para acabar, diz a receita que eles se preservam  em temperatura ambiente por até uma semana, desde que embalados devidamente (eu costumo armazená-los em embalagens de pão de forma), e no freezer por até 3 meses (nunca congelei para testar e não vai ser agora com a minha crise de espaço!)

Pois bem, depois da comilança embalada pela TPM de umas 3 fatias deste bolo delícia, só me resta concordar com este cachorrinho cute...
...e haja spinning, musculação e corridas para manter a alimentação saudável, saborosa e nutritiva, sem expandir minhas circunferências!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sopa de Favas, Ervilhas e Espinafre: quando a inspiração flui em situações emergenciais


Estou passando por um processo de mudança: basicamente desvencilhando-me do passado para abrir outros caminhos no futuro. Caminhos estes mais incertos porém mais sedutores dos que os ando percorrendo... Para tanto, foi necessário desapegar-me do meu apartamento, distribuindo e reduzindo cerca de 70% da minha parafernália mundana e mudar de mala e cuia, ou melhor, de mala, cuia e filho, para o apartamento da minha mãe, o que aconteceu sexta-feira passada.
Bom, dentre outras transformações não muito drásticas de espaço, ganhei uma cozinha muuuito mais legal (tem até janela!) para preparar meus quitutes mas tive que me adaptar a uma geladeira bem menor do que a minha.

Como não quis jogar fora nada do que havia estocado em meu freezer (caldos, massa de torta e alguns legumes e frutas da estação passada) tampouco o que havia armazenado em minha geladeira, reuni toda a minha técnica de preenchimento de espaços adquirida nestas mais de 20 mudanças que já fiz na vida e empaçoquei a geladeira da minha mãe com tudo o que tinha na minha e mais o pouco que tinha na dela, precisando remanejar a embalagem de algumas coisas e retirar do freezer outras para que nada se perdesse.

Resultado disto: um pacote enorme de favas bolivianas descongeladas, ocupando um precioso terço da gaveta de legumes e muitos vegetais espremidos no espaço restante, implorando-me uma providência urgente! Então abre a geladeira, abre o freezer... idealiza sabores e combinações possíveis... até que de repente tudo vem à mente... super me senti uma chef em processo criativo! ahaahhaha, brincadeira só para descontrair... a minha atitude mental era definitivamente pragmática... de qualquer forma...


Tempo amigo, esfriou um "cadim" aqui em campinas e já no sábado a noite aproveitei esta provável última onda de frio dos próximos 5 meses para preparar uma sopinha deliciosa com as benditas favas e de quebra,  liberar preciosos espaços ocupados por um meio pacote de ervilhas congeladas, um pote de caldo congelado e meio maço de espinafre fresco da gaveta de legumes! Ficou deliciosa e no fim, tive aquela mesma sensação de quando arrastava por uma semana a elaboração de um trabalho de faculdade e, nos últimos momentos vinha aquela "last minute panic inspiration" e eu meio que psicografava um belo texto, com idéias inspiradas e surpreendentemente recebia uma excelente nota!




SOPA DE FAVAS, ERVILHAS E ESPINAFRE

rende: 4 porções como entrada ou 2 porções como prato principal

600g de favas debulhadas e cozidas;
400ml de caldo (de legumes ou do próprio cozimento das favas);
1/2 xícara de vinho branco seco;
1/2 cebola grosseiramente picada;
60 g de ervilhas congeladas;
1 xíc de flohas de espinafre lavadas e picadas em tiras diagonais (chiffonade)
1/2 colher de chá de sal;
3 raminhos de tomilho fresco;

pimenta rosa em grão (ou do reino)e azeite para finalizar


PREPARO

  1. Coloque as favas, a cebola picada, os ramos de tomilho e o caldo numa panela e deixe ferver até o caldo engrossar um pouco e a cebola amolecer;
  2. Desligue o fogo, retire os ramos de tomilho e verta a sopa no liquitificador. Bata até os ingredientes se homogeneizarem;
  3. Volte o caldo para a panela em fogo médio, acrescente o vinho, tempere com o sal e adicione as ervilhas;
  4. Apure o caldo por alguns minutos e acerte o tempero, adicionando um pouco mais de sal, se achar necessário.
  5. Sirva as porções, jogue as folhas de espinafre picadas (eu gosto do espinafre bem al dente, se preferir um pouco mais cozido adicione-o nos minutos finais do cozimento na panela), regue com um fio de azeite e finalize moendo um pouco de pimenta.
O resultado é uma sopa simples, de poucos e suaves sabores, levinha, nutritiva, bem comfort food... ideal para uma noite amena de primavera com ares e ventos de outono!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Granola caseira my way


                  

Depois deste longo inverno de abandono descarado deste blog, quebro o silêncio com uma receita de sucesso rumo à sustentabilidade alimentar: granolinha caseira para quem, como eu, adooooora mas acha cara e enjoativa a granola comprada pronta.
Faz um tempão que pesquiso e namoro receitas de granolas caseiras mas depois de muito tentar encontrar a fórmula perfeita,  resolvi fazer um mix de várias encontradas por aí... respeitando a proporção de ingredientes secos e molhados, o método e combinando os meus ingredientes preferidos ou aqueles que havia na dispensa.  O resultado foi  uma deliciosa granola para chamar de minha: saudável, crocante, nutty, quase nada doce e com sabores bem equilibrados de ingredientes que se completam mas não se anulam... perfeita para começar o dia acompanhada de um copo de leite ou iogurte, e surpreendentemente interessante como finalização de uma boa salada de folhas verdes e queijo branco

Granola caseirinha

rendimento: 2 potes grandes que pode ser armazenado hermeticamente na geladeira por muuuito tempo!

Ingredientes secos:

4 xícaras de aveia laminada (aquela mais naturaleba, super bonitinha que parece um grão de café torrado)
3 xícaras de corn flakes (ou outro cereal de milho não adoçado)
2 a 3 xícaras de nuts variadas (coloquei nozes, amendoas, avelãs e castanha do pará)
1/2 xíc de sementes de girassol
1/2 xíc de gergelim
1/2 xíc de uvas passas
1/2 xíc de coco fresco ralado (eu tinha comprado na feira mas dá para fazer com o seco de pacotinho mesmo... é que o ralado fresco fica mais saboroso quando tostado, heheh)
1 c.chá. de canela
1c.chá. gengibre em pó
1 c. chá de sal

Ingredientes Molhados:

1 e 1/2 xíc de suco natural de pêssego (processei no liquidificador 2 pessegos maduros com 1 xic de agua)
1/4 xic de mel
1 c. s. de óleo vegetal de canola ou girassol

Pré aqueça o forno por 180ºC.

1- Numa tigela grande misture todos os ingredientes secos (pique grosseiramente as nuts para ficar mais homogênea)

2- Numa tigela menor misture bem os ingredientes molhados.

3- Despeje os molhados na tigela dos secos e misture bem todos os ingredientes

4. divida a granola em duas assadeiras e leve ao forno por 30-35 min.

5. A cada dez minutos abra o forno e de uma boa mexida na granola, para garantir que tudo cozinhe por igual  (é normal ir grudando um pouco no fundo, daí tb porque mexer a cada 10 min).

6. Retire do forno, de mais uma boa mexida em cada assadeira e então deixe esfriar completamente.

7. coloque num pote que possua boa vedação ou em saquinhos tipo ziplock, depois de completamente esfriadas.

8. guarde na geladeira e vá consumindo com moderação!

ps. não se preocupe se parecer que a granola está murcha porque depois que esfria e vai à geladeira ficar super crocante : )

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Manteiga de amendoim


Em minhas andanças virtuais por este vasto e até então desconhecido mundo foodie, descobri que manteiga de amendoim é feita simplesmente com... AMENDOIM.
Assim, assim, só amendoim.

Pegue um tanto de amendoim torrado e sem sal e coloque no processador de alimentos ou liquidificador. Vá pulsando (por no máximo 1 min de cada vez para não sobrecarregar o motor): primeiro ele vira uma farofinha  que depois vai ficando molhada, até adquirir a consistência de pasta ou manteiga... de Amendoim! O único cuidado é ir de vez em quando raspando o amendoim que vai grudando nas beiradas e juntando ao restante da maçaroca.

Se quiser, acrescente uma pitada de sal e uma ou duas colheres de açucar mascavo, dependendo de sua disposição para doces.

Meio quilo rende aproximadamente uma caneca grande. Depois é só colocar num pote de vidro com tampa e deixar na geladeira.

ESQUEÇA AMENDOCREM! eeeéca! depois de conhecer a pura manteiga de amendoim não vai querer nada que contenha algo mais do que... AMENDOIM!

Vc pode usá-la para fazer cookies, brownies, recheio de bolo ou simplesmente passá-la no pão, o modo que particularmente acho melhor de se comê-la!

terça-feira, 5 de julho de 2011

"Le yaourt maison vraiment réussi" ou "Por que as mulheres francesas não engordam"



Noite dessas conversava  com o Peixoto à mesa, após um jantarzinho super frugal e então comentei que estava com uma vontade louca de comer alguma coisa doce (oh! novidade!) e ele, obviamente, não perdeu a oportunidade de me escrachar dizendo que eu não devia e coisa e tal... a mesma ladainha de sempre. Porém, por caridade, incentivo ou simples diversão, ele começou a falar que eu deveria comer iogurte. Disse que as mulheres francesas não engordam porque, dentre outras razões, preparam e comem seu próprio iogurte. Rá!
 Achei que era piada mas então ele começou a falar dos hábitos alimentares dos franceses e fui me interessando. Os franceses, além de normalmente fabricarem seu próprio iogurte, comem em prolongadas jornadas de pequenas porções, várias vezes por dia, comem bastante sopa, sobretudo a de abóbora e, mesmo ingerindo frequentemente e em quase todas as refeições seus queijos divinos, não engordam!
Inexplicavelmente ainda não li o livro, eis que fiquei interessadíssima no assunto e os argumentos pouco a pouco convenceram-me de que aquilo parecia uma cultura alimentar, para início de conversa, coerente e equilibrada.  De outra sorte, prontamente coloquei em prática o conselho dado e comecei a fazer meu próprio iogurte. O mais interessante é que esta singela mudança de hábito deu início a um processo de transformação global dos meus hábitos alimentares: comecei a pesquisar blogs franceses de culinária no intuito de descobrir o autêntico (leia-se francês) iogurte caseiro, até que cheguei neste aqui, cuja receita me pareceu confiável e promissora.
No caminho tomei gosto pela leitura de outros food blogs e das histórias por trás de cada uma das receitas, coisa que, além de propiciar-me um treino constante do idioma, despertou-me o interesse por um estilo de alimentação mais natural e saudável que logo se estendeu para outros níveis de minha existência: comida saudável, sazonal e honesta combina com uma vida mais simples, despretenciosa... pautada nos pequenos e concretos prazeres cotidianos.
Hoje iogurte caseiro não pode faltar em casa, gelatina eu mesma faço com polpas e sucos frescos de frutas,  passei a produzir as geléias e compotas de frutas para acompanhá-lo. Aos fins de semana faço o meu próprio pão... e pretendo em breve fazer os meus próprios queijos Cottage e Ricota...  incrível que preparar o seu próprio alimento é tão prazeroso quanto descobrir seus sabores infinitamente mais ricos, vivos e intensos do que os similares adquiridos em prateleiras de supermercado. Incrível como o hábito de produzir sua comida transforma e enriquece a percepção do tempo e das tradições. 
Tudo isto, de forma arrebatadora e natural, produziu um movimento que trouxe diferentes objetivos e significados para a minha vida,  algo como uma espécie de retorno ao rústico, ao imanente, ao  que é essencial, real e palpável neste mundo contemporâneo tão cheio de "imediatismos", "virtualismos" e "digitalismos"...  
 E tudo começou com esta receita de iogurte que, modéstia parte, é pra nenhuma francesa botar defeito: o acréscimo do leite em pó deixa sua consistência densa e a acidez  mínima, costumo chamá-lo entre os íntimos de "meu petit suisse". Ele é versátil, pode ser consumido puro, com frutas, em combinações doces e salgadas e não raro costumo utilizá-lo no lugar do creme de leite em receitas mais, digamos, encorpadas...

IOGURTE CASEIRO

  • 1 l. de leite (uso integral e preferencialmente os de garrafa ou saquinho, que não são UHT)

  • 2. c. sopa de iogurte natural (escolha a marca que apresente menos ingredientes no rótulo)

Preparo:

1. Aqueça o leite até levantar fervura. Retire do fogo e verta numa tigela (que tenha tampa), ou em pequenos potinhos.

2. Espere o leite ficar morno, verificando constantemente sua temperatura. Se tiver um termômetro de líquidos espere até atingir 45º C, ou espere até conseguir mergulhar seu dedo sem queimar por aproximadamente 10 segundos.

3. Então misture o iogurte e mexa bem para adquirir uma mistura homogênea.

4. Tampe a tigela ou os potinhos, enrole numa toalha ou outro pano e deixe fermentar da noite para o dia, em local seco e livre de correntes de ar (Costumo utilizar o microondas).

5. Voilà! Seu iogurte está pronto. Coloque na geladeira e consuma das mais variadas maneiras possíveis!

A bonequinha cute do post é criação de Andrew Hickinbotton e pode ser encontrada em http://cghub.com/images/view/81484/. Vale a visita!