sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Hot, hot, hot: jalapeños assadas com mozzarella e saladão de agrião, radicchio e tomates para encerrar o fim de semana




Encontrei jalapeños lindas e fresquíssimas em uma das poucas bancas abertas no final da manhã do sábado em que visitei o mercado do CEASA Campinas e comprei meia dúzia delas... além dos maços de aspargos e radicchiosà preço de banana madura.

Domingo à noite, imbuída de espírito aventureiro, decidi com a cara e a coragem fazê-las assadas no forno com mozzarella gratinada e, para acompanhar, uma salada caça-sobras com um dos raddichios recém adquiridos,   um punhado da rúcula remanescente do consumo da semana, o último tomatão italiano da minha fruteira e pecãs tostadas.

As jalapeños já estavam todas vermelhas de tão maduras e a pele rajada indicava a ardência das danadas. A única coisa a ser feita era cortá-las ao meio, retirar todas as sementes e a maior quantidade de pele branca possível e rezar para não sair fogo pelas ventas após a primeira mordida!

Assei em forno alto, infernal, beirando 250ºC, embrulhadas em papel alumínio por 20 min. Após esse tempo retirei do forno para colocar a mozzarella ralada, abaixei a temperatura para uns 200ºC e assei-os (desta vez sem o papel alumínio) por mais uns 5 minutinhos, o tempo necessário para o queijo gratinar.

O aroma era dos deuses e à primeira mordida as jalapeños se mostraram suaves e adocicadas, deliciosas, aromáticas... um caso de amor. Mas depois, meus caros, a picância vem à galope espalhando a dormência pelo lábio, afinando o sangue e espessando a língua!

Só reconhece o prazer quem curte o ardido, então se não for o seu caso pule fora, asse grandes pimentões vermelhos e delicie-se com a primeira parte da história.

Lá em casa os meus vivem sob o lema 'quanto mais quente melhor'... já eu fico em cima do muro e devoro pimentas com alterações bruscas de humor.

Depois de meia hora conclui que foi uma boa experiência, mas poderia ter sido melhor se tivesse me lembrado de preparar um sour cream para acompanhar e neutralizar o ardidão das jalapeños. Se tiver a oportunidade de planejar melhor seu jantar mexicano reserve uma xícara de creme de leite fresco e adicione 1 colher de sopa de sumo de limão. Misture e deixe descansar em temperatura ambiente por 1/2 hora e então terá um sour cream espesso e cremoso para aplacar o fogo das ventas!






quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Nigella feelings e Banoffee Pie para curar ciúme de marido e filho!






O meu plano perfeito era assar um bolo de banana para levar no trabalho e uma torta para os de casa. Mas o dia acabou em 24h (que absurdo!) e não consegui terminar o quitute dos meus. Ai de mim! Ironias, muxoxos e provocações enciumadas vieram de enxurrada para cima desta mãe e esposa desnaturada que pretere sua família na hora de produzir guloseimas!

Para acabar com toda a bobice -deveras bem humorada- dos dois resolvi facilitar minha vida à la Nigella. Desisti de pesquisar mil e uma receitas de banoffe pie até encontrar a mais roots e montei uma bem prática da minha cabeça: uma camadona de doce de leite (da lata de leite condensado cozida na pressão), rodelas de banana madurinha por cima, cobertas com chantilly e gotinhas de chocolate amargo para decorar, só porque as tinha de bobeira na dispensa!).

Como a massa já estava pronta, resolveria minha vida e reconquistaria minha paz em coisa de hora e meia, contando com o tempo em que a panela de pressão trabalharia e não eu. Só não contava com o fracasso do chantilly. Ao final de tudo, a noite estava bem quente e consegui a façanha de talhar o chantilly, tisc tisc. Bati demais e virou um trem amarelado crespinho e o líquido se separou da gordura... uma caca...

Por conta disto, a torta do jantar ficou para o café da manhã  (sim, acordei mais cedo e bati o chantilly mais fofo da minha vida!) e se foi metade dela de uma só vez!

Se pensam que fui perdoada, não completamente. O episódio do bolo invertido de bananas apenas será redimido quando eu preparar um bolo para cada um, do jeitinho que eles quiserem! O pequeno já foi adiantando que o dele será de três camadas, com doce de leite, chocolate e m&ms vermelhos, apenas vermelhos!

Quem me conhece sabe que estou é me divertindo a beça com tudo isto!

Última anedota de hoje: quando eu disse Nigella feelings foi literalmente porque depois de preparar a torta fui pesquisar no site dela e não é que a banoffee da Nigella é bem igualzinha a essa que fiz!

Pense descomplicado, pense Nigella!


Banoffee Pie à la Nigella
 
tempo de preparo: 1h30, contando o tempo de cozimento do doce de leite na pressao e o tempo de resfriamento da base da torta
 
rendimento: uma torta de aprox. 18cm de diâmetro e uma sobra de base de outra forma de torta de 25cm de diâmetro


Ingredientes:

Para a base da torta:

rendimento: 1 base para torta de 25 cm e outra de 18cm, igual a da foto

(quantidades já duplicadas da receita original)

200g (1 pacote) de biscoito água e sal moído (no processador, liquidificador, ou no pilão mesmo, como fiz)
4 c. sopa de açúcar cristal;
1/2 xícara  (110g) de manteiga derretida
1/4 c chá de sal

 Esta receita adaptei do apetitoso blog Technicolor Kitchen, dobrando a quantidade para aproveitar o pacote inteiro de biscoito água e sal que veio na cesta básica do Chéri.

Obs.: A receita original pede digestive biscuits, mas como não tinha utilizei o biscoito água e sal. O resultado saiu uma massa esfarelenta, apesar de não desmoronar ela deveria ter ficado mais compacta, imagino que seja resultado da bolacha feita com farinha fina. O sabor ficou ótimo, mas se vc fiver com uma bolacha de farinha integral ou aveia (como os digestive) acho que pode funcionar melhor, ou então utilizar bolacha "Maizena" omitindo o açúcar da receita.


Ingredientes para o recheio e cobertura da banoffee:

1 lata de leite condensado;
1/2 c. chá de extrato de baunilha (opcional)
3 bananas nanicas maduras, cortadas em rodelas;
gotinhas de limão para não escurecer as bananas;
300g de creme de leite fresco;
açúcar a gosto;
gotinhas de chocolate amargo para decorar (opcional)

Preparo:

Se possível, na véspera coloque o creme de leite fresco, as pás e a tigela da batedeira na geladeira e deixe até o momento de bater o chantilly, se for preparar no dia, leve as pás e a tigela da batedeira (se couber) ao congelador bem no início do preparo, sobretudo se o dia estiver quente, para o seu chantilly não virar manteiga talhada, como o meu!

1. Coloque a lata de leite condensado em pé na panela de pressão, cubra com água até 1 dedo acima da lata, tampe e leve à fogo alto até a panela fazer pressão. Após isto, Abaixe para fogo médio e cozinhe a lata por 40 minutos. Desligue o fogo, retire a pressão da panela cuidadosamente e espere a lata esfriar para abri-la.

2. Enquanto o leite condensado cozinha na pressão, prepare a base. Pré-aqueça o forno em 180ºC. Numa tigela grande despeje o biscoito moído, misture o açucar e então junte a manteiga derretida, misturando tudo.

2. Cubra o fundo e as laterais da forma escolhida (de fundo removível, ou de fundo e laterais removíveis), pressionando bem a 'farofinha' com a ajuda de um copo.

3. Asse a base no forno pré-aquecido por 5-10 min, até que ela saia sequinha. Retire do forno, deixe esfriar um pouco, cubra a forma com papel filme e leve à geladeira até o momento de montar a torta. (A base pode ser preparada com antecedência de até cinco dias, período em que ela se conserva na geladeira)

4. Quando a lata de leite condensado esfriar retire a forma da geladeira e cubra o fundo da torta com o doce de leite da lata. Para dar um 'thanz' na sua banoffe, antes de espalhar o doce de leite sobre a base, despeje o doce numa tigela e misture bem o extrato de baunilha.

5. Cubra o doce de leite com uma ou duas camadas generosas de banana em rodelas, espirre umas gotinhas de limão para não escurecer, cubra com papel filme e leve novamente à geladeira enquanto prepara o chantilly. 

6. Bata o creme de leite fresco em velocidade baixa até que comece a encorpar. Então vá acrescentando o açucar aos poucos (no máximo 3 c. sopa) conforme o seu gosto até o creme ficar firme;

7. Coloque o chantilly num saco de confeiteiro com o bico de sua preferência ou num saco plástico (higienizado, obviamente) e faça um furo de 1 cm em um dos cantos para onde o chantilly sairá.

8. Retire a torta da geladeira, cubra com o chantilly do jeito que preferir (eu fiz em formato de caracol, começando pelas beiradas), espalhe as gotinhas de chocolate amargo (ou raspas!), cubra com uma tampa que não estrague a cobertura e leve á geladeira até servir, ou sirva imediatamente!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Bolo invertido de banana do David Lebovitz para o pessoal lá do trabalho



Quando os meus colegas souberam que eu escrevia este blog vieram me dizer que só acreditariam na autoria dos quitutes se eu levasse uma amostra no trabalho. Que golpe baixo, pessoal!



Numa mistura de orgulho ferido e vaidade autoral, resolvi atender a um pedido especial do colega que lembrou saudoso do bolo invertido de banana que sua avó preparava com açúcar mascavo e assava no forno à lenha, embrulhado em folha de bananeira.

Me encantam as memórias culinárias e adoraria reproduzir toda esta rusticidade do bolo, mas como o forno à lenha é projeto para o ano que vem e não havia tempo para uma pesquisa sobre como assar bolos em folha de bananeira, me concentrei em poucas palavrinhas: bolo invertido, banana e açúcar mascavo.

Com isso pude testar uma receita do chef David Lebovitz,  egresso discípulodo Chez Panisse, o santuário da minha  adorada deusa Alice Waters, que me ganhou por seu método diferente: à base de manteiga e sour cream (creme de leite fresco com uma colherinha de sumo de limão), tudo misturado à mão, perfeito para a quarta feira corrida na qual o preparei.

Este foi o primeiro bolo invertido de banana que assei e desta vez segui tudo ao pé da letra, afinal, não podia correr o risco de desapontar meus caros colegas desconfiados!

Com a modéstia que me falta, achei o bolo delicioso e, pela velocidade em que foi devorado por todos, acredito que partilharam da opinião e minha reputação enfim foi legitimada... ou não? Ouvi rumores de que ainda preciso levar uns biscoitinhos para confirmar a qualidade dos quitutes...

Que venham os desafios pois são uma excelente 'desculpa' para eu produzir mais e mais quitutes!


Bolo invertido de banana e gotas de chocolate:

tempo de preparo: 25 min + 40-45 de forno
rendimento: uma forma redonda de 23 cm de diâmetro (ou uma forma quadrada de 20cm, como pede a receita original)


Ingredientes:

Para a cobertura (invertida)  de banana:

1/3 xíc + 2 c. sopa de açúcar mascavo, apertado na xícara;
2 c. sopa de água ou manteiga cortada em cubos em temperatura ambiente (usei manteiga, obviamente!)
3-4 bananaas maduras (usei duas bananas nanicas enormes)
gotinhas de sumo de limão;


Para a massa do bolo:

1 1/2 xíc. (210g) de farinha de trigo;
1 c. chá de fermento químico em pó;
1/2 c. chá de bicarbonato;
1/2 c. chá de sal;
1 c. chá de canela em pó;
3/4 xíc. (150g) de açúcar cristal;
2 c. sopa (30g) de manteiga derretida, com ou sem sal;
1 ovo e 1 clara (usei dois ovos inteiros)
1 xíc. (250g ou aprox. 2 bananas) de banana bem amassadinha com um garfo;
1/2 xíc. de sour cream (meça 1/2 xíc de creme de leite fresco e junte 1 c. sopa de sumo de limão. mexa e deixe em temperatura ambiente por 30 min. O creme de leite ficará mais espesso e espumoso, com um gostinho ácido produzido pela interação com o limão);
1/2 c. chá de extrato de baunilha;
1/2 xíc. de gotinhas de chocolate amargo, ou chocolate amargo bem picadinho (usei chocolate belga 80%cacau que você pode comprar aqui;


Preparo:

1. Comece pela cobertura. Despeje o açucar mascavo e a manteiga (ou água, se optar por isto) na assadeira do bolo e aqueça direto na chama do fogão em fogo baixo, mexendo até que o açucar se dissolva por completo. Se estiver usando manteiga mexa até que o açucar comece a borbulhar, então tire do fogo. Não se importe se restarem alguns carocinhos de açucar.

2. Deixe esfriar até a temperatura ambiente;

3. Descascque e fatie as bananas em rodelas de 0,5 a 1cm de espessura e disponha sobre a calda de açucar, cobrindo bem o fundo da assadeira;

4. Espalhe algumas gotinahs de limão por cima, para evitar que escureçam enquanto prepara a massa do bolo.

5. Pré-aqueça o forno em 180ºC;

6. Numa tigela grande misture os secos: farinha, fermento, bicarbonato, sal e canela, certificando-se de que não restaram grumos de farinha (a receita não pede mas acho que peneirar antes a farinha facilita)

7. Adicione o açúcar cristal e misture novamente;

8. Numa tigela menor misture a manteiga derretida, os ovos, o purê de banana e o extrato de baunilha;

9. Faça um buraco no centro da mistura dos secos e despeje a mistura dos molhados até quase tudo ficar misturado. Não mexa demais a massa.

10. Por último, incorpore delicadamente as gotinhas de chocolate (ou o chocolate picado);

11. Despeje cuidadosa a massa na assadeira já preparada, com o cuidado para não desmanchar a camada de bananas carameladas. Nivele a massa com a ajuda de uma espátula.

12. Asse o bolo por 40 min, ou até que o centro do bolo pareça firme quando vc o tocar. (como vai o chocolate na massa, o teste do palito não funciona bem porque por mais que o bolo já esteja assado o palito sairá melado de chocolate.) 

13. Retire do forno e deixe esfriar por 20 min;

14. Solte a lateral do bolo com a ajuda de uma faca e inverta o bolo já no prato de servir.

Sugestão do Lebovitz; servir o bolo ainda quente, acompanhado de sorvete de creme ou chantilly!




quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Salada perfumada de broto de girassol, cogumelos na manteiga e minha orquídea guerreira!





Ontem à caminho do clube parei para comprar água numa frutaria-boutique- metida-à-chiquetosa  e não resisti a um passeio descomprometido, apenas para checar as novas tendência do reino hortifruti, sabe? Daí me deparei com um macinho de broto de girassol que me conquistou na hora, tanto pela novidade quanto por sua aparência de coisa fresca, crocante e saborosa.

Carreguei um comigo e no caminho até o caixa apanhei uma bandeja de portobello gigante, umas laranjas bahia escandalosamente laranjas e um limãozão siciliano... ah! comprei pãezinhos já pensando no café da manhã e alguns figos turcos porque ninguém é de ferro, não é? ...e o preço estava ótimo, contrariando minhas expectativas habituais em relação a estes redutos da elite saudável que só compra orgânicos.

É claro que me esqueci da água e precisei voltar para buscar! O passeio valeu à pena e já inclui a tal 'boutique' no meu circuito de compras, enquanto não me organizo para receber a cesta de orgânicos em casa, por um preço ainda mais acessível e a certeza de fomentar um pequeno négocio honesto e regional. 

Chegando em casa lavei os brotos de girassol e preparei uma saladona refrescante, que servi com os portobellos na manteiga e shoyu. Se levei 25 minutos para preparar tudo foi muito, então deixo a dica de mais uma refeição tirada da cartola, para uma noite quente e corrida de meio de semana.

Os sabores delicados e perfumados da salada caíram muito bem com os portobellos amanteigados e salgados apenas pelo shoyu e o jantar foi aclamado pelos meus críticos residentes... quando o seu pequeno adolescente devora um pratão de salada de broto de girassol e implora por mais pratos com cogumelos no jantar você respira aliviada e contente com a vida :-) 

A as orquídeas vêm de brinde, como merecidos minutos de fama para a minha sobrevivente de tantas mudanças, guerreira adaptável que a cada ano floresce mais bonita e farta!

Salada de broto de girassol, ricotta, manga, noz pecã, raspas de limão siciliano e água de flor de laranjeira

rendimento: para 3-4 pessoas;
tempo de preparo: 15 minutos com muita calma ;-)


Ingredientes:

1 maço de broto de girassol lavado e escorrido;
1/2 manga (madura mas firme) cortada em cubos;
100g de ricotta fresca;
raspas e suco de meio limão siciliano;
15 noz pecã tostadas rapidamente na frigideira e partidas ao meio;
1/2 c. chá de água de flor de laranjeira;
sal e pimenta do reino branca moída na hora a gosto;


Preparo:

1. Na tigela em que vai servir a salada esfarele bem a ricotta com um garfo. Acrescente metade das raspas de limão e misture;

2. Tempere com sal e pimenta conforme seu gosto (eu sugiro um sal suave e uma calibrada na pimenta...);

2. Adicione a manga em cubos e misture para deixá-la envolvida pela ricotta temperada;

3. Acrescente o broto de girassol aos poucos, misturando a cada adição para não deixar a manga todo na fundo;

4. Despeje a água de flor de laranjeira, o sumo e o restante das cascas de limão em por último salpique as pecãs tostadas por cima.



Cogumelos Portobello no shoyu e manteiga

rendimento: 2 porções grandes ou 4 pequenas (ou três médias... ;-) )
tempo de preparo: 15 min com calma;

Ingredientes:

200g de cogumelos portobello gigante;
1 cebola pequena cortada em cubos;
1 colher d esopa de manteiga;
1 fio de azeite;
1 fio generoso de shoyu;


preparo:

1. Não lave seus cogumelos, se estiverem muito sujo de terra apenas limpe-os com um papel toalha. Corte-os em quatro ou seis partes, dependendo do tamanho. Reserve;

2. Em fogo médio, aqueça bem a manteiga com um fio de azeite (para não queimar a manteiga) numa frigideira de beiradas altas;

3. Despeje a cebola e refogue até que fiquem bem macias e douradas;

4. Aumente o fogo para alto e acrescente os cogumelos. Regue com um fio generoso de shoyu e refogue até os cogumelos murcharem um pouco e ficarem macios, porém resistentes. (vá experimentando até encontrar a consistência de sua preferência.

5. Sirva quente.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Bolo de limão siciliano e sementes de papoula






Há mais de uma semana não preparava um bolo e há mais tempo ainda um bolo à base de manteiga e claras em neve... tão  fofinhos, leves e macios que quando me lembro de deixar a manteiga fora da geladeira de antemão dou pulos de alegria!

Tracei o plano todo enquanto dirigia do trabalho para casa: chegar, fazer festa nos bichos, trocar de roupa, regar as plantas, engolir algumas torradinhas, preparar e refrigerar a massa dos camafeus com que presentearia uma amiga querida na manhã seguinte, arrumar a mochila,  deixar todos os ingredientes do bolo medidos e separados na bancada (INCLUSIVE A MANTEIGA PARA AMOLECER!), buscar o Chéri no meio do caminho e seguir para o clube. Treinar, comprar laranjas no mercado, tomar banho, jantar alguma fruta e um sanduíche, terminar de preparar o bolo, enrolar os camafeus enquanto o bolo assa, lavar a louça e preparar a cobertura enquanto o bolo esfria, cobrir o bolo e... cair na cama, obviamente!

A idéia era fazer o bolo mais simples do universo, seguindo uma receita de um de meus livros prediletos de todos os tempos: A Arte da Comida Simples, de Alice Waters.

Abre parênteses: Para quem está começando a cozinhar este livro é perfeito, nele você encontra receitas simples, básicas e saborosas, repletas de explicações sobre a interação dos ingredientes, ou o porquê de se utilizar certos procedimentos os quais até então pareciam uma espécie de mística. Como, por exemplo, por quê deixar a massa descansando por alguns minutos antes de abri-la... para relaxar o glúten que fora ativado com a sova, tornando-a mais elástica e manuseável, e por aí vai...

Além disto, esses toques são dados com sutileza e palavras afetuosas, o que faz parecer aquela conversa que sempre quis ter com sua avó cozinheira master da família, mas que para todas suas perguntas curiosas sobre tal ou tal método sempre havia a mesma reposta: porque sim, minha filha... se fizer de outro jeito dá errado!  Até hoje não sei porquê diabos deve-se mexer os ovos no preparo da ambrosia em forma de cruz, mas nunca tive coragem de contrariar os métodos sagrados ditados pela minha bisavó!  Fecha parênteses.

 Mas não me aguentei e resolvi incrementar o bolinho básico com umas raspas de limão siciliano e sementinhas de papoula, afinal, para quem já complicou um pouco sua vida, o que são alguns minutinhos para ralar a casca e espremer o sumo? 

Terminei meu 'expediente' às onze e pouquinho da noite, o bolo que provei apenas no café da manhã ficou tudo aquilo que eu esperava dele e ainda consegui folhear algumas páginas (as de fotografias, confesso) da biografia do Keith Richards que comecei a ler!

Eu sei que não se encontra sementes de papoula por aqui... mesmo assim vale a pena preparar este bolo com ou sem limão siciliano, é muito fofinho e leve, delicioso acompanhado de uma xícara de café bem forte ;-)








Bolo de limão siciliano e sementes de papoula

Do livro básico indispensável A Arte da Comida Simples de Alice Waters
tempo de preparo: 25min + 40 min. de forno

rendimento: fiz 1/2 receita (as quantidades abaixo equivalem a uma receita inteira) e consegui um bolo como o da foto (forma bundt de cerca de 23 cm de diâmetro)

Ingredientes:

4 ovos, claras e gemas separadas;
1 xícara de leite;
3 xícaras de farinha de trigo, peneiradas após medir;
4 c. chá de fermento químico em pó;
1/2 c. chá de sal;
1 xícara de manteiga amolecida (200g) - deixe a manteiga fora da geladeira com antecedência;
2 xícaras de açúcar;
1 c. chá de extrato de baunilha;
raspas e sumo de 1 limão siciliano;


Preparo:

1. Pré aqueça o forno (15 min) a 175ºC. Unte a forma e enfarinhe, retirando o excesso (a receita original recomenda antes de enfarinhar, forrar o fundo da forma com papel manteiga, untar o papel manteiga e então enfarinhar. Como utilizei forma bundt, que tem ranhuras e fica difícil forrar com papel manteiga, dispensei esta parte. Com a minha recém adquirida técnica de untar e levar à geladeira por 15-20 min. para a manteiga endurecer, e só depois enfarinhar, não tive problemas para desenformar o bolo!)

2. Numa tigela junte a farinha peneirada, o sal e o fermento;

3. Em outra tigela, bata a manteiga até que fique leve e fofa. Acrescente o açúcar e bata até obter um creme. Pode ser na mão ou na batedeira. Se bater na mão, deixe a manteiga bem fofa antes de acrescentar o açucar, se for na batedeira elétrica, pode bater a manteiga e o açucar juntos desde o início;

Pausa para uma dica preciosa da Alice Waters, daquelas que torna seu livro especial e indispensável, como me referi antes: "Bater manteiga com açucar em creme vai levar de 5 a 10 minutos para ficar pronto. Não apresse essa etapa: ela é fundamental para um bolo macio, volumoso, molinho. O açúcar penetra na manteiga criando bolhas de ar e, à medida que a manteiga vai ficando mais leve, essas bolhas se expandem e se multiplicam. Essa mistura aerada é a base do bolo".

4.  Acrescente então as gemas, uma por vez, batendo levemente à cada adição;

5. Junte o extrato de baunilha e bata somente até incorporá-lo á massa;

6. Quando tudo estiver misturado, adicione alternadamente a mistura de farinha e o leite, começando e terminando com um terço de farinha. Para deixar mais claro faça assim: 1/3 farinha, 1/2 leite, 1/3 farinha, 1/2 leite, 1/3 farinha. Misture à cada adição apenas até que a farinha esteja incorporada;

7. Adicione as raspas e o sumo do limão e mexa novamente apenas até incorporar;

8. Em outra tigela bata as claras em neve até formarem picos suaves;

9. Junte um terço das claras à massa e depois incorpore delicadamente o restante (com a espátula, em movimento leves de baixo para cima).

10. Despeje a massa na forma preparada e asse até que um palito espetado no meio do bolo saia limpo (cerca de 30/40 minutos). Não abra o forno nos primeiros 20 minutos, pois neste tempo a estrutura do bolo ainda é frágil e pode murchar e solar com a variação da temperatura pela abertura do forno.

Depois de assado, espere uns 15 minutinhos para desenformar.

Cobertura açucarada de limão e papoula

Preparo: 5 min.


Fiz esta cobertura a olho e deixo aqui uma explicação meio tosca (sorry!): despeje um tanto (1/2 xíc., talvez) de açucar de confeiteiro numa tigelinha e adicione gotinhas de limão até atingir a consistência ideal para cobrir o bolo e não escorrer.  Com uma colher vá espalhando a cobertura sobre o bolo, ajudando a controlar com a colher, conforme a cobertura vai escorrendo. Por último, polvilhe com as sementinhas de papoula, ou com raspinhas de limão.

domingo, 16 de setembro de 2012

Ovos Beneditinos e um Molho Holandês bem sucedido!








Falei tanto sobre  Sauce Hollandaise e Ovos Beneditinos que o chéri encampou o desafio e me ajudou a executar o tal  molho temperamental. E bota temperamental nisto... nove gemas e 200g de manteiga foram para o lixo até acertarmos o ponto e experimentarmos o melhor molho de ovos que já comemos na vida!

O Molho Holandês é sedoso, cremoso, lisinho, reluzente, amanteigado... e com um gosto cítrico no fundo que torna seu sabor diferente de tudo o que você já provou. 

Mas o bichinho é chato de fazer... e é preciso consumi-lo imediatamente, caso contrário endurece, fica um pouco borrachudo e não é possível reaquecê-lo sem que vire ovos mexidos... mas o gostinho do acerto (com trocadilho!) faz valer os eventuais fracassos e percalços no preparo :-)

Por cima do ovo poché que jazia ainda quente sobre a torrada com presunto cru ficou um espetáculo! TRês vivas para o tal Sr. Lemuel Benedict que, segundo reza a wikipedia (na minha versão preferida da história), inventou os Ovos Beneditinos para curar sua ressaca no café da manhã!

De acordo com uma breve pesquisa sobre o tema, vi que o Molho Holandês é também muito utilizado para guarnecer legumes, como aspargos grelhados, por exemplo. E, segundo minha mãe, cozinheira de mão cheia que já se encheu de cozinhar :-( se acrescentarmos estragão ao Molho Holandês ele se transforma em Sauce Béarnaise e cai maravilhosamente bem sobre fatias de rosbife, um dos pratos preferidos de meu saudoso pai.

Sauce Béarnaise, aí vou eu!





Ovos Beneditinos
(adaptado da wikipedia e de um programa de reality de chefs de cozinha)

tempo de preparo: 20-30 min
rendimento: 2 porções


Ingredientes:

2 pães levemente torrados (usei a metade inferior do pão de hamburguer);
2 ovos pochés;
4 fatias de presunto cru (a receita original é com presunto cozido mesmo);
Sauce Hollandaise (receita adiante);
Azeite, sal e pimenta do reino moída na hora


Preparo:

1. Primeiramente, torre as fatias de pão, coloque-as no prato de servir e cubra cada uma com duas fatias de presunto cru.
2. Ligue o forno na temperatura mínima e comece a preparar os ovos poché, um de cada vez, conforme expliquei aqui.
3. Assim que estiverem prontos, disponha-os sobre as fatias de presunto, desligue o forno e coloque-os lá dentro, apenas para mantê-los aquecidos enquanto prepara o Molho Holandês;

Molho Holandês:

Ingredientes:

3 gemas;
1 c. sopa de vinagre ou limão espremido;
100g (aprox.) de manteiga clarificada (que é a manteiga derretida no microondas e retirada a espuma de gorduras sólidas que forma na superfície, o que vc pode fazer com a ajuda de uma escumadeira);
uma pitada de sal a gosto;


Preparo:

1. Após preparada a manteiga clarificada, meça e deixe à mão todos os ingredientes porque o preparo é super rápido. Certifique-se de que a manteiga clarificada está morna no momento de usá-la, pois se quente talhará o molho e se fria interromperá a emulsificação das gemas;

2. Para que o molho Holandês não vire ovo mexido, o mais importante é o controle da temperatura, que deve ser bem baixa. Para tanto, faça um banho maria com panelas de tamanhos diferentes, a maior encaixada na menor, esta com água fervente até a metade. De preferência, não deixe a panela de cima encostar na água da panela de baixo;

3. Assim que a água da panela de baixo começar a ferver retire do fogo e despeje as gemas de uma só vez;

4. Bata com um fouet até homogeneizar (menos de um minuto) e acrescente o limão ou vinagre;

5. Continue batendo ritmadamente ate que as gemas se tornem um pouco mais espessas e adquiram uma tonalidade ligeiramente pálida, tal qual cor de gemada batida;

6. Aos poucos vá acrescentando a manteiga clarificada sem parar de bater;

7. A cada nova adição de manteiga você notará que o creme ficará mais espesso e a coloração mais viva e brilhante. Certifique-se de que a manteiga está bem incorporada antes de cada nova adição. Por último, quando achar que está pronto acrescente o sal;

8. Você saberá a hora de parar de acrescentar  a manteiga quando o molho ficar bem aveludado, uniforme, brilhante e espesso e firme como mingau;

9. Sirva imediatamente sobre os ovos preparados como explicado acima e salpique uma pimenta do reino moída na hora;

Nota: Se no meio do processo suas gemas se transformarem em ovos mexidos ou quase uma ambrosia, não tente recuperá-los. Respire fundo, jogue tudo fora , alongue os braços e recomece! 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Purê de favas e bacon com tomatinhos assados e alho negro e cação ao forno com cebolas e alcaparras



Nas últimas semanas o tempo anda curto até para cozinhar. Questão de prioridades...

Volto a dizer que o inverno infernal deste ano, em que altas temperaturas combinadas com mais de 50 dias de estiagem causam-nos uma sensação de esgotamento e desidratação profunda,  até a corridinha tão prática e prazerosa na praçona ao lado de casa tornou-se insalubre.

Como suspender os exercícios está fora de cogitação, recorremos então à natação e à musculação no clube logo após o trabalho. Resultado disto foi menos tempo para preparar o jantar e outros quitutes. E assim que passamos as últimas semanas... jantando frutas, iogurte e sanduíches. Tudo muito simples, gostoso e refrescante... mas nada merecedor de um post com receita.

Exceção foi o almoço de domingo, inspirado na minha recente visita à 'feira' no bairro onde moro, onde há apenas uma banquinha de ovos caipiras, a tradicional banca de pastel que o paulista não vive sem e uma outra de peixes simplesmente extraordinária! Os peixes são frequíssimos e é uma atração à parte observar o senhorzinho japonês limpar e fatiar os peixes com tamanha agilidade e leveza que faz parecer o trabalho mais simples do universo -embora saibamos que isto é coisa que só os que dominam profundamente uma técnica são capazes.

Aproveitamos também para dar cabo às favas trazidas da Kantuta (feira boliviana em São Paulo imperdível, promessa para um post futuro!) e preparar os tomatinhos assados irresistíveis que despertaram a gula natureba adormecida em mim, quando os vi no blog da Fer

Para acompanhar, couve flor roxinha assada e uma saladona bem refrescante com pepinos fatiados, alface romana crocante, cenoura ralada e lascas de amêndoas tostadas.

Se você tem paciência na cozinha recomendo muito o purê de favas, porém, não sendo este o caso... pule para o cação ao forno, cujo preparo é rápido, fácil e o resultado super saboroso.







Purê de favas e bacon com tomatinhos assados e alho negro

tempo de preparo: 20 minutos + tempo de cozimento das favas
rendimento: 4 porções bem servidas


Ingredientes:

Purê:

500g de favas cozidas e sem pele (depois de cozidas tirar a pele das favas é brincadeira de criança)
bacon a gosto cortado em cubinhos ( utilizei três fatias médias);
de 1/2 a 1 xíc. de leite;
sal

Tomatinhos assados:

200g de tomatinhos lavados e cortados ao meio no sentido longitudinal;
azeite, sal e pimenta do reino moída na hora para temperar;
5 dentes de alho negro picados em cubinhos. Para quem não conhece o alho negro deixo este link de uma matéria do ano de 2009 do suplemento "Paladar" do Estadão. Nem sabia que era tão badalado assime  só o descobri no começo do ano, por acaso... acho delicioooso e piro na omelete 'cremuda' com alho negro que é a especialidade do Chéri!

Preparo:

1. Pré aqueça o forno em 250ºC.

2. Despeje os tomatinhos numa tigela e adicione os temperos. Mexa bem até ficar tudo bem misturado.

3. Forre uma forma de beiradas altas (de preferência) com papel alumínio deixando uma sobra para cobrir. Regue-o com um fio de azeite e despeje os tomatinhos temperados. Feche bem com o papel alumínio restante e leve ao forno por 10-15 min;

4. Após este tempo abra o papel alumínio e e asse  mais uns cinco minutinhos para dar aquela tostadinha deliciosa. Não se preocupe se acumular líquido porque será usado para cobrir e deixar o purê de favas mais suculento.

5. Retire do forno e reserve.

6. Enquanto os tomatinhos assam no forno bata as favas já sem pele (para uma textura aveludada) no processador ou liquidificador e vá acrescentando o leite até ficar na consistência de purê (para mim bastou um pouco mais de meia xícara );

7. Numa panela grande aqueça um fiozinho de azeite e despeje o bacon já cortado em cubinhos. Deixe dourar e então acrescente o purê;

8. Mexa bem até misturar todo o bacon, se necessário acrescente um pouco mais de leite;

9. Acerte o sal e desligue o fogo;

10. Despeje o purê na travessa de servir e verta os tomatinhos assados, inclusive o líquido que acumulou.

11. Por último, acrescente o alho negro picadinho.


Cação assado com cebolas e alcaparras:

tempo de preparo: no mínimo 30 min marinado no tempero + 25 min de forno
rendimento: 4 porções

Ingredientes:

4 postas de cação temperados com limão, azeite, vinagre de vinho branco, sal e pimenta do reino moída na hora;
1 cebola média cortada em meia lua;
1 c. sopa de alcaparras;


Preparo:

1. Pré aqueça o forno em  250ºC (se estiver preparando o purê de favas poderá assar os dois juntos, deixando os tomatinhos na frente porque ficarão prontos primeiro)

2. Forre uma assadeira grande com papel alumínio, deixando uma sobra do mesmo tamanho para cobrir. Regue-o com um fio de azeite e disponha as postas de cação temperadas (reserve o líquido para despejar sobre o cação, se necessário durante o cozimento). Por cima das postas distribua as cebolas fatiadas e as alcaparras. Cubra bem com o papel alumínio que sobrou;

3. Asse por 15 minutos e após este tempo descubra as postas. Se perceber que o cação está seco despeje o líquido reservado, caso contrário continue assando por mais 10 -15, ou até o peixe dourar.

4. Retire do forno e sirva.









quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Mexican Hot Chocolate Cake, o bolo apimentado de estréia de um novo livro





Finalmente encomendei alguns livros via amazon e, dentre eles, um só de bundts, esses bolos assim denominados por sua forma característica: redonda, frisada e com furo no meio. "Kiss my Bundt" é o nome da confeitaria de Chrysta Wilson, uma norte americana que deixou sua carreira na Administração Pública para fazer aquilo que sempre quis e gostou: assar bolos. Sua loja em Los Angeles é um sucesso e produz mil variações destes "bolos auto decoráveis," como ela ouvia dizer desde pequena...

Além da história bacana de se ouvir de alguém que arriscou sair de sua zona de conforto para trabalhar com o que sempre sonhou, o livro traz uma centena de combinações de sabores, coberturas e algumas dicas valiosas para assar um bolo bem sucedido. Um ponto fraco para mim é a falta de imagens. Eu sou absolutamente seduzível pelas imagens das receitas e o livro ideal para mim é aquele de uma foto para cada receita, ou mais... Neste aqui, há apenas uma coletânea de imagens no meio do livro... mas esta falha é compensada pela abundância de receitas de coberturas, glacês e dicas para combiná-las com os sabores da massa do bolo.

Para boleiras de anos de forno não sei se traz alguma novidade, mas uma dica quente para quem, assim como eu,  não tem muita experiência, é a de levar a forma untada com manteiga à geladeira por 15 min. antes de enfarinhar. O meu bolo desenformou perfeitamente e desde então só uso este método!



Como já disse antes aqui, a demanda por bolos em casa é forte e este livrinho me oferece muitas novas possibilidades, como esta receita que escolhi para sua estréia: um bolo de chocolate denso e apimentado que fez a cabeça até da vizinha pouco acostumada com combinações não usuais, que quase recusou o quitute quando disse tratar-se de um bolo de chocolate... com pimenta! No dia seguinte ela me devolveu o pratinho, toda envergonhada, perguntando se ainda havia sobrado um pouco... queria mais uma fatia!

O bolo é chocolatudo, pimentudo e caneludo, sua massa é densa e úmida e a cobertura de chocolate  é super fácil de preparar, além de deixá-lo com um aspecto libidinoso indefectivel.






Mexican Hot Chocolate Cake com cobertura de chocolate amargo

receita de estréia do livro 'Kiss My Bundt' 

tempo de preparo: 20 min + 45 min. de forno
rendimento: um bolo grande como o da foto


Ingredientes do bolo:

1 e 3/4 xíc. de açúcar;
2 xíc. de farinha;
3/4 xíc. de cacau em pó de boa qualidade;
1 e 1/4 de c. chá de bicarbonato de sódio;
1 e 1/4 c. chá de fermento químico em pó;
1 e 1/2 c. sopa de canela em pó;
1 e 1/2 c. chá de pimenta caiena em pó;
3/4 c. chá de sal;
2 ovos em temperatura ambiente;
1 xíc de leite;
1/2 xíc. de óleo vegetal (uso canola ou girassol);
2 c. chá de extrato de baunilha (uso caseiro);
1 xíc. de café fervente (a receita original pede água quente, mas sugere o café para uma versão de sabor mais acentuado);

Ingredientes da cobertura de chocolate amargo:

3/4 xíc. (150g) de manteiga sem sal;
170g de chocolate amargo picado;
2 c. sopa de xarope de milho




Preparo do bolo:

1. Pré-aqueça o forno em 175ºC e unte bem sua forma com manteiga. Enquanto prepara os outros ingredientes leve a forma untada à geladeira por cerca de 15 min. Após este tempo retire-a da geladeira e polvilhe com farinha de trigo;

2. Peneire junto o açúcar, a farinha, o cacau em pó, fermento químico, bicarbonato, a pimenta caiena, canela e sal numa tigela grande. Reserve;

3. Misture os ovos, óleo, leite e o extrato de baunilha. Bata-os em velocidade média no mixer ou liquidificador, por 1 minuto;

4. Com o mixer ou liquidificador em velocidade baixa, vá acrescentando os ingredientes secos, 1/2 xícara por vez, misturando tudo bem devagar para evitar a formação de pelotas de farinha (para não bater demais a massa eu preferi acrescentar os ingredientes secos misturando-os com uma espátula de silicone);

5. Quando tudo estiver bem misturado, acrescente o café fervente ou a água, conforme preferir. A massa ficará rala;

6. Transfira a massa para a forma bundt (ou outra com furo no meio) untada e enfarinhada (a massa deve preencher 3/4 da forma);

7. Asse no forno pré-aquecido por 50 minutos. Cinco minutos antes do término do tempo faça o teste do palito (o meu bolo, aos 45 minutos já estava pronto);

8. Retire do forno e aguarde 15 minutos para desenformá-lo sobre o prato de servir. Se estiver resistente aguarde mais 15 min. Deixe esfriar completamente antes de despejar a cobertura.

9. OPCIONAL: Após coberto o bolo, decore com pimenta caiena moída na hora.

Preparo da cobertura:

1. Numa panelinha em fogo médio-baixo derreta a manteiga;

2. Remova do fogo e despeje o chocolate amargo na manteiga, mexendo bem até que o chocolate esteja completamente derretido;

3. Adicione o xarope de milho e mexa até se homogeneizar aos outros ingredientes, deixando a cobertura lisa e brilhante;

4. Deixe esfriar por 1-2 minutos para que a cobertura se torne mais espessa e, deste modo, mais fácil de cobrir o bolo.