sexta-feira, 29 de junho de 2012

Omelete de quinua, aspargos e tomate cereja



Para um jantar corrido de meio de semana, quando metade dos seus utensílios de cozinha estão encaixotados esperando a mudança do fim de semana, quando você está um caco depois de um dia correndo atrás de documentos e telefones de prestadores de serviços, trabalhando feito uma louca para resolver aqueles pepinos que caíram no seu colo justamente quando precisava de um pouco de tempo para resolver assuntos pessoais... e quando você chega em casa verde de fome e tem menos de 1h para preparar uma refeição e comer, antes de sair correndo para o último compromisso do dia, esta receita super saudável,  frugal, colorida e saborosa, é o seu número! 


A receita inspirada nesta aqui foi ao encontro do meu mais antigo caso de amor na cozinha: OVOS. Fui fisgada pela combinação do quinoa na massa da omelete, a qual, de fato, revelou-se uma daquelas idéias geniais  que fazem pulular conexões neurais na porção gourmet da minha mente :-)

Os grãozinhos de quinoa pontilharam a massa lisa de ovos, trazendo textura e novidade à omelete.  Os legumes usados para o recheio busquei na minha lista de favoritos então não tinha como dar errado, mas o splash de limão espremido com que os temperei surpreendeu, realçando as pimentas do reino branca e preta moídas na hora.


Na pressa já ficou uma delícia, imaginem quando feita na tranquilidade em que o preparo de uma refeição merece!






Omelete de Quinua, Aspargos e Tomates Cereja
(inspirada e adaptada livremente do blog Chef in You)
tempo de preparo: 20 min
rendimento: 2 porções para o jantar ou 1 para o almoço

Ingredientes:

2 ovos frescos e orgânicos;
2 c. sopa de quinua;
8-10 tomates cereja cortados ao meio;
5-6 aspargos frescos, cortados em pedaçoes de 4-5 cm;
1/2 meia cebola cortada em rodelas;
1 c. sopa de manteiga;
Azeite  q. b.;
sal e pimenta do reino (usei preta e branca) moídas na hora;
1 espremida de limão;
1. c. chá de gergelim preto;


Preparo:

1. Cozinhe em fogo médio a quinua, numa frigideira de beirada alta (ou numa panelinha) com um dedinho de água até os grãos ficarem macios, mas ainda com uma certa resistencia à mordida. Isto levará cerca de 10 min;
2. Enquanto isto, lave e seque os seus legumes, pique-os conforme descrito acima e cozinhe no vapor a cebola e os aspargos;
3. Numa tigela pequena despeje os tomatinhos e tempere com um fio de azeite, uma boa espremida de limão, sal e pimenta ao seu gosto e os graozinhos de gergelim. Misture tudo e reserve;
4. Quando os aspargos estiverem al dente e as cebolas translúcidas, grelhe-os rapidamente em fogo alto numa outra frigideira com um pouquinho de azeite. Retire-os do fogo e junte aos tomates temperados;
5. Quebre os ovos numa tigelinha e bata com um fouet ou garfo. Adicione pouco sal.
6. Nesta altura o quinua já deverá estar cozido, se não, acrescente um pouco mais de água e deixe-a secar quase completamente;
7. Nesta mesma frigideira em que está o quinoa, diminua o fogo e despeje os ovos batidos. Com uma colher de pau ou espátula misture os ovos e a quinua delicadamente, quase sem raspar o fundo (você não quer ovos mexidos!);
8. Aumente o fogo para médio e espere até que as beiradas estejam firmes e o centro da omelete cozido, porém ainda com alguns pontos moles (para mim a boa omelete é servida "ao ponto" cozida por fora e que depois de pronta ainda tem um creminho no meio, se preferir "bem passada" deixe cozinhar mais uns minutinhos);
9. Numa metade da omelete disponha os legumes, deixando uma margem (maior do que a que deixei) para que o recheio não pule para fora na hora de virar;
10. Como este recheio é pesado, optei por fazer apenas uma virada, com a ajuda de uma espátula. No fim, acho que este formato, ao invés do tradicional, dá uma aparência apetitosa ao prato, pois deixa aparente, saindo pelo ladrão, algo assim bem porn... seu recheio colorido e suculento! 
11. Transfira para os pratos, salpique mais um pouco de pimenta e sirva imediatamente, puro ou acompanhado de umas fatias de pão e uma taça de vinho branco ;-)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Pudim de côco com calda de caramelo salgado e crocantes de gergelim





Inventei esta sobremesa para dar cabo ao restinho de creme de leite fresco que sobrara da saga da fantástica calda de caramelo e flor de sal. Preparei como se fosse uma panna cotta, acrescentando côco fresco ralado e substituindo a quantidade de creme de leite que me faltava por leite integral.  

O pudinzinho ficou extra cremoso assim: se tivesse um grama a menos de gelatina se desmancharia todo. Adorei a textura trazida pelo côco ralado e a calda de caramelo combinou muito bem, esparramando brilhinhos vibrantes de flor de sal nos sabores suaves desta sobremesa. Somente para fazer firula, fui no embalo do sucesso caramelístico da calda diretamente ao pódio da conquista de mais uma técnica açucarada: crocantes de caramelo e gergelim. Tão gostosos quanto divertidos de fazer!


Pudim de côco com calda de caramelo salgado

Preparo: 15 min + 4 horas de geladeira
rendimento: 4 porções iguais a da foto


Ingredientes

para o pudim de côco

1/3 xícara de creme de leite fresco;
2/3 xícara de leite integral;
2. c. sopa de açucar,
4 g de gelatina em pó sem sabor;
1 c. sopa de água;
2 c. sopa de côco fresco ralado;
1 c. chá de extrato de baunilha;

para a calda de caramelo veja esta minha receita aqui


para os crocantes de caramelo e gergelim

80g de açucar refinado;
1 c. chá de gergelim preto;
3 c. sopa de água


Preparo

Pudim de côco:

1. Unte com água quatro forminhas de pudim ou uma forma grande.
2. salpique a gelatina em pó numa tigela e adiciona 1 c. sopa de água e aguarde cerca de 10 min, tempo necessário para o pó gelatinar;
3. Enquanto isto, numa panela média, aqueça em fogo baixo o leite, o creme de leite e o açucar. Mexa até que o açucar dissolva completamente. Não deixe ferver.
4. Em fogo bem baixo, junte a gelatina que se formou na tigela e mexa bem até que toda a gelatina esteja dissolvida;
5. Ainda sem deixar ferver acrescente o côco ralado e a baunilha, mexa por mais um minutinho e desligue o fogo;
6. A consistência restará líquida mas não se preocupe. Distribua entre as forminhas, cubra-as com um papel filme e leve a geladeira até firmar (as minhas levaram cerca de três horas).
7. Antes de servir, mergulhe as forminhas em um dedo de água fervente, aguarde uns 10 segundos e desenforme diretamente no prato de servir, pois depois você não conseguirá transportá-los sem desfazê-los. Este procedimento deve garantir o sucesso na hora de desenformar!


Crocantes de caramelo e gergelim

1. Prepare a superfície para moldar os crocantes: sobre uma assadeira virada para baixo (ou outra superfície lisa) coloque uma folha de papel manteiga;
 2. Distribua seis cortadores de biscoito por cima do papel manteiga ou, se não quiser usar cortadores de biscoito, mentalize um espaço suficiente para espalhar o caramelo em pequenos círculos com a ajuda de uma colher;
3. Coloque o açucar e a água numa panelinha e deixe ferver em fogo médio por aproximadamente 5-7 min.
4. Vá observando o caramelo se formar à medida que a calda começa a adquirir uma cor âmbar não muito intensa;
5. Então abaixe o fogo, junte as sementes de gergelim, misture bem e desligue o fogo;
6. O caramelo endurece muito rápido então você terá pouco tempo para despejá-lo nos cortadores. Deixe tudo preparado antes de começar a fazer o caramelo;
7. Com a ajuda de uma colher preencha o interior dos cortadores com uma camada fina de caramelo, o suficiente para cobrir toda a superfície;
8. Aguarde alguns minutos para firmarem bem e depois, remova os cortadores puxando-os para cima, balançando delicadamente para os lados. Se o caramelo desgrudar do papel junto com a forma pressione-o levemente com as mãos, de cima para baixo até soltarem;

9. Remova qualquer pedaço de papel manteiga que tenha restado no fundo, umedecendo um tiquinho os dedos, para facilitar a remoção.

Montagem:

1. Sobre o furo dos pudins desenformados despeje a calda de caramelo (morna ou fria, como preferir) e depois decore com os crocantes de gergelim.  

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Momento Atala no Café Charlotte: Risotto de pinhão, ricota e meia cura



Sou louca por pinhões e nesta época transbordo de felicidade ao vê-los aos montes nos mercados, feiras e beira de estrada para vender. Apesar de amar comê-los cozidos à baciada, vivo caraminholando maneiras de utilizá-los na cozinha.

A idéia do risotto não poderia ser mais previsível.

Aproveitando a vibe regional de seu ingrediente principal, resolvi combinar apenas elementos brasileiros como o queijo meia cura ao invés de parmesão e a salsinha. Tudo bem que a ricotta é de origem italiana, mas passou no meu crivo por estar assimilada em nossa cultura e poder ser produzida em qualquer cozinha brasileira.

Achei que o sabor pouco marcante do pinhão pedia um queijo mais suave para não mascará-lo, papel ao qual a ricotta se prestou muitíssimo bem. O queijo meia cura foi outra combinação que imaginei necessária para dar personalidade ao risotto com seu sabor curtido e sua consistência de queijo derretido - desta vez impossível de se obter com a ricotta.

Ficou muito bom e o gostinho especial de prato sazonal com a incorporação de sabores brasileiros em fórmulas clássicas da cozinha internacional  me encheu de satisfação.

Ingredientes:

1 xíc. de arroz arbóreo;
1/2 xíc de cebola em cubos finos e a mesma quantidade de salsão picado fino;
1 xíc. de vinho branco seco;
2. c. sopa de manteiga sem sal e um fio de azeite;
500 ml de caldo de legumes;
1 1/2 xíc. de pinhões cozidos, descascados e fatiados;
1 xíc. de queijo meia cura ralado grosso;
1/2 xíc. de ricota fresca esfarelada com as mãos;
sal e pimenta do reino moída na hora;
alguns ramos de salsinha para decorar


Preparo (para instruções mais detalhadas de como preparar um risotto veja este post aqui):

1. Numa panela em fogo baixo, mantenha aquecido o caldo de legumes e tenha em mãos o pinhão fatiado, o queijo ralado e a ricota esfarelada;
2. Numa panela de boca larga e fundo grosso derreta em fogo médio baixo a manteiga e o fio de azeite (o fio de azeite evitará que a manteiga queime e escureça, comprometendo a aparencia do risotto);
3. Despeje a cebola e o salsão e cozinhe até amaciarem;
4. Despeje o arroz e vá mexendo constantemente, até que os grãos estejam transparentes nas beiradas e branquinhos no centro;
5. Acrescente então o vinho branco e continue mexendo frequentemente, observando o amido do arroz se despregar e trazer cremosidade ao fundo da panela;
6. Aos poucos e sempre antes de todo o líquido secar, vá acrescentando uma concha por vez o caldo de legumes;
7. Quando perceber que o grão de arroz está macio por fora porém no centro levemente resistente à mordida, depeje os pinhões e mais uma concha de caldo e cozinhe, mexendo sempre, até atingir a textura all'onda típica do risotto;
8. Acrescente o sal, mexa mais um pouco e desligue o fogo;
9. Despeje o queijo meia cura ralado, misture e tampe a panela por 2 minutinhos;
10. Diatribua cada porção nos pratos, salpique a ricota por cima, as folhas de salsinha e a pimenta moída na hora;
11. Sirva imediatamente e ainda quente.





quinta-feira, 21 de junho de 2012

Calda de Caramelo com flor de sal - só para os fortes!




Na minha última viagem de férias experimentei uns caramelos com flor de sal que me enlouqueceram.  Desde então fiquei encafifada com aqueles sabores de redenção doce e salgada, morrendo de vontade de prová-los outra vez, mas nunca os vi por aqui.

Foi então que decidi fazê-los eu mesma e comecei a pesquisar sobre os tais. Na minha santa e leda ignorância, descobri que calda de caramelo não é algo que se faz com um pé nas costas!

Ao contrário disto, exige um método quase científico, em que medidas e temperaturas são precisas e devem ser respeitadas. 

Elegi a receita com menos ingredientes possíveis que encontrei  num site do qual nunca havia testado algo. Para não arriscar, resolvi seguir o método da calda de caramelo que a Ana do blog La Cucinetta havia preparado. Afinal, a menina sabe cozinhar e explicar uma receita e tudo o que já fiz vindo de lá foi 100% bem sucedido.

Acho que mais uma vez a sorte de principiante tocou a  minha estrela e o meu primeiro caramelo foi um sucesso! Dias depois resolvi repetir a receita em casa e foi um fiasco: na hora de acrescentar o creme de leite o caramelo empedrou e não houve o que ser feito para consertá-lo.

Isto já faz algum tempo. Semana passada resolvi preparar novamente a calda de caramelo e na minha primeira e segunda tentativa falhei, preparando um caramelo pálido, com gosto apenas de açucar e, logo em seguida, deixando-o com gosto de queimado e ganhando uma baita bolha no dedo, que vocês podem conferir pela foto - em que fiz questão de deixar meu cãozinho ao fundo para amenizar o impacto ;-)




     
Ainda assim não desisti e obtive o caramelo perfeito na terceira tentativa. Não sei se dominei a técnica ou fui agraciada por outro golpe de sorte, o fato é que o ponto mágico da coloração da calda de açucar não erro mais!

 Esta calda de caramelo não é para os fracos: para fazê-la é preciso encontrar equilíbrio entre coragem e prudência.  Coragem para deixar a calda caramelizar até atingir a coloração âmbar intenso, o que se pode traduzir por um passo antes do caramelo queimar. Prudência para seguir meticulosamente todas as recomendações da receita, sem inovação, sem passos vagos, sem queimar os dedos. 



        

O resultado é de chorar de bom: uma calda de caramelo lisa e aveludada com um discreto sabor doce amanteigado entrecortado por cristaizinhos vibrantes de flor de sal. Coisa de louco... para comer com sorvete, arroz doce, torta de maçã, crumble de frutas, panna cotta, pudinzinhos... barrinhas e cookies... com manteiga de amendoim, ou simplesmente pura de colher... este caramelo vale a pena qualquer risco de fracasso e inúmeras tentativas, garanto a vocês. Podem apostar!


Calda de caramelo com flor de sal


Tempo de preparo: 15 minutos
rendimento: 1 xícara

Ingredientes:

1 xíc. de açucar cristal ou refinado;
1/4 xíc. de água;
3/4 xíc. de creme de leite fresco;
1 1/2 c. sopa de manteiga sem sal;
1 c. chá de flor de sal;


Preparo:

1. Numa panela de beiradas altas e fundo grosso junte a água e o açucar e, em fogo baixo mexa até o açucar dissolver completamente;
2. Aumente o fogo para médio, tampe a panela e cozinhe por 4 minutos;
3. Retire a tampa da panela, aumente o fogo para alto e deixe ferver, sem mexer, até o caramelo adquirir uma coloração ambar intenso, o que levará aproximadamente mais 6 minutos (no meu caso levou apenas 4 minutos);
4. Retire a panela do fogo (leve-a para uma boca apagada do fogão para não diminuir drasticamente a temperatura) acrescente o creme de leite fresco (neste ponto o caramelo irá borbulhar loucamente);
5. Adicione a manteiga e então mexa vigorosamente com um fouet;
6.por último, acrescente a flor de sal.

Espere esfriar um pouco e sirva na receita de sua preferência. A calda de caramelo dura até duas semanas, armazenada em pote de vidro com tampa na geladeira. Antes de utilizar novamente, aqueça em fogo baixo. 

terça-feira, 19 de junho de 2012

A receita da piada pronta: Um ovo pochê... um ovo pá mim!



Semana passada peguei uma mega gripe e fiquei dois dias de cama. Nesse tempo assisti um episódio de algum destes realities de cozinha em que o desafio relâmpago dos chefs era preparar ovos beneditinos em 10 ou 15 min, não lembro bem.

Não conhecia o tal prato, mas logo ficou claro que o molho Holandês era o ingrediente temperamental e a maior possibilidade de fiasco dos chefs. Feito de gemas, limão, manteiga clarificada e sal, num instante ele está aveludado e cremoso, no seguinte se transforma em ovos mexidos! Mas isto é assunto para outro post...

Facilmente fisgada devido a minha queda monstro por qualquer receita a base de ovos, decidi que assim me sentisse melhor faria ovos beneditinos com seu temível Mr. Hollandaise Sauce. Quem duvida de que um molho feito de manteiga e gemas não deve ficar um espetáculo??

Muito bem, enquanto pesquisava sobre os tais ovos beneditinos não me segurei e resolvi fazer para o jantar uma espécie de ensaio geral, com todos os outros elementos que não o molho Holandês: pão torrado, presunto cru e ovo poché. A receita original americana pede muffin inglês e presunto cozido, mas utilizei o que tinha em casa mesmo.

A combinação é deliciosa e adorei preparar pela primeira vez um ovo poché, me sentindo mais confiante para encarar os benditos Oeufs Benedictines.

Receita imperdível para  egg lovers!


 


Ovo Poché com Torrada e Presunto Cru

tempo de preparo: 15min.


Ingredientes:

1 pão de hamburguer cortado ao meio e levemente torrado;
2 fatias de presunto cru (ou cozido, ou outro de sua preferência);
1 ovo;
1 c. chá de vinagre;
sal e pimenta do reino moída na hora a gosto;
1 fio de azeite

Preparo:

1. Coloque a água para ferver em uma panela pequena, apenas a quantidade suficiente para cobrir a altura do ovo;
2. Enquanto a água ferve disponha as fatias de presunto cru sobre o pão torrado no prato de servir e forre outro prato com uma ou duas folhas de papel toalha;
3. Quando a água ferver diminua o fogo para que apenas bolhas pequenas estourem na superfície, para não espalahrem as claras antes de solidificarem envolvendo a gema;
4. Acrescente o vinagre (ele fará com que a clara solidifique mais rápido e preserve o formato que desejamos) e mexa o centro da panela com uma colherinha de chá;
5.Quebre o ovo num movimento ágil bem pertinho da água, de preferência naquele ponto em que vc mexeu com a colherinha, pois o movimento de redemoinho também ajudará a preservar a clara perto da gema;
5. Vá monitorando o endurecimento da clara e, se necessário, com a ponta da colherinha na água, vá impedindo que a clara se espalhe;
6. Aguarde dois minutos e meio, para que a clara solidifique bem e a gema não cozinhe, pois o clássico ovo poché tem sua gema mole;
7. Com a ajuda de uma concha, retire cuidadosamente o ovo, drenando a água da concha na borda da panela;
8. Despeje o ovo no prato forrado com papel toalha, pegue outra folha e seque o ovo delicadamente com o papel toalha;
9. Coloque o ovo por cima do presunto cru, rgue com um fio de azeite e salpique o sal e a pimenta.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Morango com espumante é bão, bãão, bão!



Este é um post em prol da banalização do champagne e da valorização das manhãs de domingo.

Faça chuva ou faça sol, começo ou fim de mês, calor ou frio, casa cheia de gente ou só eu e o chéri... a nossa semana que antes terminava em suspiros, agora começa com borbulhas no céu da boca, graças à incorporação do espumante aos nossos cafés da manhã dos domingos.

Isto mesmo. O espumante inverte a lógica secular do dia opressor que leva embora o fim de semana e converte nossos domingos em esperada celebração do ócio, da luxúria e da gula: um só elemento -ainda que complexo em si- enleva o banal e dignifica o dia que antes era dedicado ao cultivo do desespero do que não pode ser feito e da melancolia daquilo que deveria se prolongar.

Em volta do espumante frutas, queijos, nozes, geléias, patês, pães e suspiros (desta vez falo dos doces) são transmutados em ouro e a efervescência deste Midas envasado transporta cada molécula dos nossos corpos  ao alto do edifício Meridien, de onde explodimos em mil borbulhas sobre a praia de Copacabana.

Apoteótico? Nada menos que isto.

O espumante não dá espaço para o mau humor, a rabugice e a pressa.
O espumante celebra os sentidos, o tempo e as companhias.

Então para que esperar a passagem do ano, um casamento, aniversário ou aquela vitória pessoal para se presentear com o máximo? Essa vidinha mais ou menos se esvai a cada dia, meus caros! 

Brindemos simplesmente o que já é, não apenas o auspicioso porvir, ou o triunfo selado... brindemos o presente em sua versão mais prosaica, pois é na trivialidade que passamos a maior parte da nossa existência e, oxalá nela pudermos sentir cada uma das emoções reveladas nas borbulhas douradas do espumante numa manhã de domingo qualquer :-)

E aproveitando a gloriosa época dos morangos, neste último domingo seguimos uma sugestão do Jamie Oliver que o chéri viu algum tempo atrás na tv e deixo aqui a idéia:

Remova a folhinha e lave bem cerca de 10 morangos, corte-os grosseiramente e, com a ajuda do processador ou liquidificador, bata-os até adquirir uma polpa. Despeje a polpa de morango no fundo da taça e complete com o espumante bem gelado (de preferência na geladeira desde a antevéspera).

A espuma subirá rapidamente e ficará extra cremosa!

Vá lá, ainda dá tempo de adquirir sua garrafa de espumante e colocá-la para gelar até domingo de manhã!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Meus primeiros Muffins: de morango, aceto e aveia, macios e crocantes!



Esta foi a minha estréia com muffins: deliciosos, macios por dentro, crocantes por fora e  discretamente doces. E já de cara me conquistaram por seu método simples de preparo, que dispensa batedeira, processador e outros gadgets culinários que nem sempre tenho à mão.

Não fosse uma pessoa exigente e perfeccionista diria que estavam perfeitos, porém... confesso que não fiquei lá muito satisfeita com sua aparência. Coloquei bastante massa nas forminhas e esperava que crescessem, transbordassem e formassem aqueles lindos chapéus que lhes fazem parecer irresistíveis cogumelos flocudos ou , ainda, numa versão fantasiosa mais dramática:  àquele formato épico e monstruoso de bomba atômica.  Enfim, esperava uma explosão de massa sobre as forminhas.

A explicação mais razoável que consigo encontrar para este não fenômeno estético é a seguinte: talvez minha forma seja muito alta e a massa não tenha força suficiente para crescer e explodir.

Nhé. 

Explicação meia boca, alguém tem um palpite mais consistente?

Enfim, meus primeiros muffinzinhos não ficaram feios e em matéria de sabor e textura são órgulho só. A aveia deixou a massa super crocante por fora e os morangos macerados no aceto balsâmico e açucar trouxeram umidade e maciez para o seu interior, já por natureza mais leve e aerado dos muffins. Por fim, o sabor pouco doce permitiu a degustação do desenvolvimento dos sabores delicados do morango e do aceto na massa.
Como a massa destes muffins é úmida, além de aerada, é melhor consumi-los no mesmo dia. Por isto, levantei bem cedinho para prepará-los e os servi no café da manhã, acompanhados de café preto e colheradas de mascarpone.

Romântico? Sim, além de deliciosos...  e o meu chéri merece porque é o melhor namorado do mundo :-P


Muffins de morango e aveia do delicioso simply recipes, receita traduzida adiante :-)
tempo de preparo 20 min + 20 min de forno
rendimento: 12 muffins (fiz meia receita e consegui 8 muffins)

Ingredientes

  • 1 1/4 xícara de aveia em lâminas
  • 1 xíc de iogurte natural integral (o meu sempre é caseiro)
  • 1 1/2 xíc de morangos limpos e cortados em cubos (um corte longitudinal e dois na largura)
  • 2 colheres de chá de açucar cristal
  • 1 colher de chá de aceto balsâmico
  • 2 ovos
  • 1/2 xíc (110g, aprox.) de manteiga sem sal derretida
  • 1/2 xíc. de açucar mascavo, apertado na xícara para medir
  • 1 c. chá de extrato de baunilha
  • 1 xíc. de farinha de trigo
  • 1 c. sopa de fermento em pó
  • 1/2 c. chá de bicarbonato de sódio
  • 1/4 c. chá de sal
  • 1/4 c. chá de pimenta do reino em pó
  • 1/2 c. chá de canela em pó

Preparo:
 1. Numa tigela grande, misture a aveia e o iogurte. 

2. Numa tigela pequena, despeje os morangos já cortados, salpique o açucar cristal e o aceto. Misture delicadamente.
3 Coloque a grade no meio do forno e pré-aqueça em 180ºC. Prepare as forminhas de muffin, untando bem com manteiga ou colocando forminhas de papel dentro de cada forma.
4 Misture numa tigela média os ingredientes secos: farinha, fermento, bicarbonato, sal, pimenta e canela.
5. Na tigela grande onde está a mistura de iogurte e aveia, junte os ovos, a manteiga derretida, o açucar mascavo e o extrato de baunilha e misture delicadamente somente até que tudo esteja incorporado.
6 Usando uma colher de pau, incorpore delicadamente a mistura de secos nesta mistura do iogurte e aveia. A massa do muffin se diferencia exatamente por ser mais leve e aerada e, para que isto aconteça, quanto menos você ativar o gluten da farinha de trigo o resultado sairá melhor, portanto, não mexa demais, apenas o suficiente para a farinha se misturar no restante dos ingredientes! A massa deve ficar cheia de texturas, ao invés de lisinha como a de um bolo comum.
7 Por último, incorpore delicadamente os morangos, inclusive o caldo de aceto e açucar no qual estiveram inseridos.
8. Com a ajuda da colher de pau, preencha as forminhas com a massa até o topo.
9. Asse até que o topo da massa esteja dourado e o palito saia limpo da massa (aproximadamente 20 minutos)
10. Deixe esfriar por alguns minutos antes de removê-los da forma. Sirva-os imediatamente e consuma-os no mesmo dia.


sexta-feira, 8 de junho de 2012

risotto de pera, rúcula, queijo brie e pinoli para minha mãe





Em tempos de vacas magras, achei mais carinhoso e simpático oferecer um almoço para minha mãe do que presenteá-la materialmente. Pensando bem, se os tempos fossem de vacas gordas ainda lhe ofereceria um almoço... com Champagne ao invés do espumante e foie gras ao lado da pastinha de queijo fresco e cebolinha que acompanhou  pãezinhos e queijos na entrada.

Como prato principal serviria um risotto de peras, rúcula e queijo brie, exatamente este, porque foi o melhor risotto que já preparei. Tudo bem, vai...talvez abrisse o arroz com uma taça de champagne no lugar do vinho branco para fazer uma bossa. E só.

Combinando mentalmente os sabores, planejei um risotto de peras, rúcula e gorgonzola. Porém, por um golpe de sorte, já que raramente tenho a companhia do pequeno no mercado, quando estiquei o braço para alcançar o queijo verde-azulado na prateleira ouço um brado indignado: Gorgonzola? Você esqueceu que eu odeio gorgonzola, mamãe?

Dããã.
Homer Simpson feelings

Meu filho não é voluntarioso tampouco enjoado para comer, por isto, quando ele diz que odeia certo alimento eu sei que é algo, de fato, a se respeitar. Então lembro do respeito da minha mãe ao meu ódio por bife de fígado e guardo em silêncio minha apologia ao gorgonzola.

Para substituí-lo, escolhemos juntos um naco generoso de queijo brie e não tenho dúvidas de que esta  foi a decisão mais acertada. O brie adicionado nos minutos finais do cozimento deixou o risotto reluzente e cremoso, ao mesmo tempo em que ainda apareciam aqui e acolá uma casquinha ou um pedacinho mais sólido de queijo.

As peras amaciadas em vinho Marsala produziram um sabor curtido em sua doçura, quebrado pelas folhas rasgadas de rúcula, picantes e frescas, equilibrando o todo e trazendo complexidade a cada garfada. Se parasse por aí já estaria excelente, mas ainda havia o pinoli que, com sua textura mágica, indulgente, alegórica de todos os mistérios do prazer sensorial, enfeitou o presente da minha mãe com fitas douradas, perfume das florestas mediterrâneas e borboletas farfalantes na brisa do outono!

Estávamos em quatro e não sobrou grão de arroz para contar história. Para a sobremesa repeti uma receita de sucesso: bolo de limão siciliano e cranberries secas, que desta vez cobri com uma ganache de chocolate branco que carregou os mesmos sabores do bolo.






Risotto de pêras, rúcula e queijo brie

rendimento: 4 pessoas
tempo de preparo: 40 min.

Ingredientes:

Para o caldo:

talos e folhas de salsão;
cascas de cenoura;
1 cebola grande picada;
folhas e talos de ervas frescas aromáticas como louro, alecrim e tomilho;

Para as peras escalfadas:

4 pêras portuguesas pequenas cortadas em fatias finas;
1/2 xícara de vinho marsala;
1 c. sopa de açucar cristal


Para o risotto:

2 xíc de arroz arbóreo ou carnaroli;
1 xíc. de vinho branco seco (usei chardonnay, pinot gris ficaria bom tb);
1/2 cebola picada e a mesma quantidade de salsão (talo) picado;
aprox. 700 ml. de caldo de legumes;
1/2 maço de rúcula lavada e rasgada;
1/4 xíc. de pinoli;
2 xíc (aproximadamente) de peras escalfadas;
300g de queijo brie, cortado em cubos de aprox. 1cm²;
1/2 xíc de queijo parmesão ralado na hora;
1 c. sopa cheia de manteiga;

Preparo:

Caldo:

1. junte todos os ingredientes numa panela grande, complete com água, deixe ferver por cerca de 35 minutos. Ajuste o sal, desligue o fogo e tampe a panela. Coe com uma peneira, descarte os sólidos e volte o líquido para a mesma panela e tampe.

peras escalfadas:

1. numa frigideira de beiradas altas ou numa panela larga em que caibam as peras numa mesma camada, despeje o vinho marsala e o açucar. Cozinhe em fogo médio até o açucar dissolver no vinho e então acrescente as peras já cortadas;

2. Deixe cozinhando em fogo baixo pelo mesmo período de fervura do caldo, ou até que as peras fiquem macias porém resistentes ao garfo; Desligue o fogo, escorra as peras e reserve o líquido para usá-lo no risotto se você conseguir resistir a tentação de tomá-lo!

Risotto:

1. Numa panela grande de boca larga (a mais larga que vc tiver) derreta a manteiga em fogo médio.
Neste momento, esquente o caldo de legumes em fogo bem baixo, para mantê-lo aquecido durante todo o preparo do risotto;
2. Acrescente a cebola picada, abaixe o fogo se necessário e mexa de vez em quando, até que fiquem macias e translúcidas;
3. Acrescente o salsão e cozinhe por mais alguns minutos, até que estes fiquem macios também;
4. Então despeje o arroz (para os novatos, sem lavá-lo!) e vá mexendo tudo em fogo médio baixo com cuidado para não queimar o arroz;
5. Quando perceber que o arroz começa a ficar transparente nas pontas e a querer grudar no fundo da panela, verta o vinho branco e inebrie-se do aroma de sua fusão com a manteiga, a cebola e o salsão;

6. Vá mexendo devagar e sempre o arroz e perceba que conforme o líquido se evapora o amido do arroz vai se despregando dos grãos e deixando rastros cremosos no fundo da panela;

7. Quando esta cremosidade parecer começar a secar, despeje uma concha do caldo na panela. Continue mexendo devagar e vá observando os graozinhos de arroz e provando-os constantemente: eles devem ficar transparentes nas beiradas e branquinho no centro e sua textura deve ficar firme, levemente resistente ao centro porém sem gosto de amido que gruda no dente. Até atingir este ponto, vá acrescentando o caldo, uma concha por vez.

8. Quando perceber que já está quase no ponto, adicione na panela o queijo brie já cortado em cubinhos e continue mexendo com cuidado;

9. Quando tudo estiver misturado acrescente as pêras e mexa mais uma vez. Verta um pouco daquele caldo que reservou das peras escalfadas e deixe absorver até atingir a textura apenas um pouco mais fluida da que você deseja para o risotto;

10. Desligue o fogo, despeje a rúcula rasgada, o pinoli e o queijo parmesão, mexa bem e tampe a panela por uns 2-3 minutos.

11. Sirva imediatamente porque risotto morno e frio não presta, fica empaçocado igual reboco. Decore cada prato com algumas folhas de rúcula, pinoli e algumas fatias de pera escalfadas.

Se você nunca fez risotto crie coragem e experimente! Vai descobrir que, uma vez desmitificado, é um prato versátil e prático, amigo da cozinheira... aquele parceiro ponta firme que dá suporte às suas idéias e combinações mais malucas, sem desapontar.

Poucas regras fazem um bom risotto, para mim estas bastam, o mais é pura criatividade:

1. Utilize sempre um vinho bom, um caldo bom e um queijo bom, pois seu sabor irá aparecer no resultado final;

2. O cozimento do risotto é rápido (algo perto de 15-20 minutos) então tenha em conta que os ingredientes que irá acrescentar ao arroz já deverão estar próximos do ponto em que deseja comê-los. Por isto, é bom cozinhá-los antes, deixando apenas um pouco mais firmes ou crus do que gostaria de comê-los para que atinjam o ponto ideal nos poucos minutos em que são agregados ao arroz;
3. O caldo deve sempre estar quente para que, conforme acrescentado à panela, não interrompa o processo de cozimento;
4. lembre-se de maneirar no sal, pois o parmesão que será acrescentado ao final já cumpre esta função;
5. Contrariando a tradição, eu não acrescento manteiga ao final, junto com o parmesão. Para mim não faz falta mas vale a pena experimentar para decidir por si mesmo;


Não sei se minhas explicações ficaram claras então, para os que nunca se aventuraram deixo aqui o link do post em que aprendi a fazer risotto e boa sorte!






quarta-feira, 6 de junho de 2012

couscous de quinoa e couve flor e salada de folhas verdes



Em algum lugar no verão passado fiz este couscous de quinoa que ficou vagando no reino perdido dos posts inacabados. Hoje resgato sua memória, malemá lembrando os ingredientes e chutando os passos do preparo, no entanto, com a lembrança precisa de como este jantar me agradou.

Ocasionalmente tenho surtos de idéia fixa e não sossego enquanto não satisfaço minha vontade disto ou daquilo. Por exemplo, desde a semana passada meu objeto de desejo é espinafre. No domingo comprei um  lindo maço verde fresco enorrrme e não vejo a hora de chegar em casa e cozinhá-lo com cogumelos portobelo e cebolas para o recheio de um sanduíche no jantar.

Às vezes fuço na internet e nos meus parcos livros até encontrar aquela receita maravilhosa que parece ter sido publicada especialmente para mim, como esta do espinafre que encontrei aqui . Outras vezes simplesmente utilizo o que tenho em casa e  resolvo sem rodeios a minha refeição libertária. Foi este o caso do couscous: idéia fixa em couve-flor, calor senegalês e mato fresco dando sopa na geladeira.

Quinoa é um salva pátria no verão: seu cozimento é rápido e é bom de comer frio ou quente. Se você cozinhar apenas na água, sem tempero algum, uma quantidade razoável para uma semana, poderá armazená-lo num recipiente com tampa na geladeira e utilizá-lo em combinações diversas de temperos, para reforçar uma salada ou encorpar um salteado de legumes, por exemplo.

Assim que, nesse dia longínquo ainda me lembro que foi só acrescentar o quinoa já cozido às cebolas refogadas em azeite, sal e pimenta do reino moída na hora, e depois os pequenos floretes de couve flor cozidos al dente no vapor. Por fim, salpiquei um tanto de gergelim branco e preto e voilá: desejo satisfeito, idéia fixa libertada!

Para acompanhar o couscous uma salada de rúcula, alface americana, beterrabas, cenouras e rabanetes finamente fatiados com gergelim e aceto balsamico.  
Simples, fresco e saboroso :-)





segunda-feira, 4 de junho de 2012

Degustação de caquis



Ontem fui ao mercado já pensando em comprar uma bandeja de caqui para aproveitar o fim de sua temporada e me deparei com três tipos diferentes. Sempre acostumada a comprar o caqui rama forte (o primeiro da foto, da esquerda para a direita), resolvi desta vez levar um de cada para descobrir suas peculiaridades.

O caqui do meio é o caqui chocolate e o da direita é o caqui fuyu. Abri os três no café da manhã e as impressões são as seguintes:

1. Caqui rama forte: é o que sempre compro, geralmente em caixas fechadas de 6 un. que, no auge da estação aqui em campinas (abril e maio) é possível comprar a caixa por R$2,99. Adoro este caqui, a polpa é macia, suculenta e bem docinha. Adoro comer de colher. Só é preciso esperar amadurecer bem para comê-los, caso contrário seu sabor é adstringente e amarra a boca como caju, aargh.

2. Caqui chocolate: de casca mais alaranjada e interior amarronzado nas proximidades das sementes. Sua polpa é macia, dá para comer de colher e o sabor é menos doce do que o rama forte. Eu já o havia comido mas não lembrava exatamente das particularidades. Nota 7.5. Bom, mas não o bastante para ser notável.

3. Caqui fuyu ou fuji: é um caquizão de consistência firme, e eu, acostumada ao rama forte, pensei que estavam todos verdes. Um senhorzinho se compadeceu da minha expressão desapontada e veio me explicar que eles estavam maduros. Adorei a consistência firme deste caqui. É doce e crocante e a vantagem é que permite ser carregado sem estragos para o lanche no trabalho ou para caminhadas e picnics. Imagino que dê para cortá-lo em fatias finas para uma torta ou tarte tartin. Fica a sugestão.





(Em sentido horário: o de sementes é o chocolate, depois o suculento rama forte e por fim, o maiorzão é o fuyu)


Meu preferido? Rama forte, doce macio e suculento! Mas o prêmio revelação vai para o fuyu, porque agora o caqui que levo para o trabalho vai chegar inteiro!

Adorei o exercício e já penso em preparar outras tantas degustações: batatas, laranja, maça, pêra, tomate, melão, uva... é bom descobrir por si mesma porque tal variedade é sempre utilizada naquela receita ou combina melhor com determinado ingrediente.

 É bom ter outros parâmetros de escolha que não o preço. É bom se apropriar das diferentes texturas e sabores da frutas, verduras, legumes, queijos... para então imaginá-los e combiná-los na execução ou adaptação de receitas, ampliando seu potencial criativo.    

Outras virão e as impressões serão compartilhadas aqui :-)