sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Irresistíveis barrinhas de granola e gotas de chocolate



Após o sucesso das barrinhas de morango e granola resolvi preparar mais snacks para o trabalho e lanche da escola. Esta receita é bem mais fácil e prática, uma vez que não vai ao forno. A mordida é macia e cheia de texturas. O sabor do mel e do chocolate permanecem na boca e despertam uma vontade quase incontrolável de comer uma barrinha atrás da outra!

Única ressalva é que muitas delas não se mantiveram inteiras ao desembrulhar, o que para nós não foi problema algum mas, para deixá-las mais firmes sugiro utilizar uma placa menor ( a minha é do tamanho de uma folha A4) para que a barrinha fique mais espessa e compactada.

Também pensei em misturar um pouco de manteiga de amendoim na próxima batelada para amalgamar deliciosamente todos os ingredientes! Miaaaaaam... daí será melhor cortar em quadradinhos ao invés de barras porque já sei que não vou me controlar!


Barrinhas de granola e gotas de chocolate

receita pouco adaptada do blog Back to the Cutting Board

tempo de preparo: 30 min.
rendimento: 18 barrinhas

Ingredientes:

4 c. sopa (aprox 50g) de manteiga sem sal;
2 c. sopa de açúcar mascavo;
2 c. sopa de mel;
2 xícaras de granola;
1 xícara de flocos de arroz (usei arroz estufado);
1/4 xíc de gotas de chocolate (usei amargo 80% cacau);
1/4 xíc. de gotas de chocolate branco (a receita original pedia gotas de manteiga de amendoim... nunca vi por aqui).

Preparo:

1. Forre uma assadeira do tamanho aproximado de uma folha A4 (se tiver menor, melhor  para as barrinhas firmarem) com papel manteiga ou alumínio, deixando sobras dos dois lados para formarem uma espécie de alça que te ajuda na hora de removê-las da forma para cortá-las. Unte levemente com manteiga ou óleo e reserve;

2. Junte a manteiga, o mel e o açúcar mascavo numa panela média (ao final, vc vai misturar todos os ingredientes, exceto o chocolate aí) e aqueça-os em fogo médio. Mexa com uma colher de pau até a manteiga derreter;

3. Deixe ferver e então abaixe o fogo e deixe a panela no fogo  até o açúcar mascavo se dissolver. isto leva uns 2 minutinhos. Retire a penela do fogo;

4. Aos poucos vá incorporando a granola e os flocos de arroz, cobrindo tudo com a mistura da panela, antes de acrescentar mais. Se a sua granola tiver pedaços grandes, quebre-os com as mãos para obter uma granola homogênea e fina, pois isto ajuda as barrinhas não desmoronarem depois de prontas.

5. Despeje e espalhe o conteúdo da panela na forma preparada e, com a ajuda de uma espátula (ou com as costas da colher de pau) pressione bem, certificando-se de que toda a forma está coberta;

6. Salpique as gotas de chocolate preto e branco e pressione-as para aderir bem à granola;

7. Deixe esfriar completamente em temperatura ambiente por 30 min ou até que estejam bem firmes e resfriadas (se o dia estiver quente deixe bastante tempo). Se preferir, leve a forma à geladeira pelo mesmo tempo ou mais, porém, a textura pode ficar um pouco chicletuda);

8. Puxando as 'alças' que vc deixou, retire a granola da forma e corte em barras ou quadrados.

9. Embrulhe-as individualmente com papel manteiga, alumínio ou filme e armazene-as em um pote de vidro com tampa para durarem até 1 semana.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Variáveis sabores para ludibriar uma idéia fixa: homemade picolés!





"Desde que as portas virtuais deste mundo de blogs de comida abriram-se para mim fiquei encantada com a possibilidade de fazer sorvete em casa. Tooodo blog "in" tem publicada pelo menos uma receita irresistível de sorvete e uma referência/reverência ao livro "The perfect scoop" do chef David Lebovitz. Eba! Então também posso fazer!  Ledo engano...precisa-se de uma sorveteira para produzi-los". 

Isto aconteceu antes de adquirir minha sorveteirinha chinfrim e fazia um calor dos diabos. Inconformada com a impossibilidade de fazer sorvetes cremosos, lancei mão de um recurso para aplacar minha mais nova obsessão: picolés! O sabor intenso das frutas, suas infinitas combinações  e a simplicidade e rapidez no preparo me mantiveram distraída da IDÉIA FIXA da sorveteira e suficientemente empolgada para experimentar diversas combinações de sabores e texturas para as quais o picolé revelou-se o veículo perfeito.

 Coloridos, divertidos, refrescantes, saborosos e saudáveis... ao reler este post esquecido na página dos rascunhos me deu vontade de voltar a produzi-los aos montes! Miaaaam... tenho abacate, mirtilos congelados, morangos, mamão formosa em casa, ervas frescas no quintal e... pronto! Acabo de ligar a maquininha de combinações esdrúxulas e já sei onde isso vai parar: no meu freezer, ao redor de palitinhos!

A partir de uma receita do site da martha Stewart, aprendi que o simple syrup (receita adiante) é importante não só para adoçar, mas também para deixar os picolés com menos gelinhos e mais cremosos, portanto.

Além disto, não tem segredo: é só adicionar polpa de frutas combinadas e batidas no liquidificador, puras ou também com iogurte. Frutas mais ou menos doces, mais ou menos simple syrup, para perfurmar água de rosas, água de flor de laranjeira, extrato de baunilha ou um licor de sua preferência... e assim por diante, combinando os sabores, imaginando a textura e experimentando suas criações!

As forminhas são fáceis de achar em lojas de 1,99. As minhas comprei na Multicoisas, mas já vi na Etna, na Camicado e nas Lojas Americanas.


 




Picolé de manga, maracujá e framboesa

rendimento: 11 picolés

Ingredientes:

2 xíc. de polpa de manga (1 manga média ou 370g de manga em cubos);
1/2 xíc. de polpa de maracujá (1 maracujá grande);
20 ou mais framboesas frescas (não sei se o sabor fica o mesmo com a fruta congelada)
1/4 xíc de simple syrup (1/4 xíc. de água e 1/4 xíc. de açucar cristal orgânico);

Preparo do simple syrup:

1. Coloque numa panelinha a água e o açucar e mexa em fogo baixo até o açucar derreter por completo e misturar-se com a água num caldo homogêneo. Desligue o fogo e deixe esfriar enquanto prepara as frutas.

Preparo do picolé:

1. Descasque a manga, corte em cubos e bata no liquidificador ou no processador até obter uma polpa homogênea. Despeje a mistura numa tigela e reserve;

2. Corte o maracujá na metade, retire a polpa com uma colher e bata no liquidificador ou processador de alimentos até obter uma polpa homogênea. Despeje na mesma tigela da manga e misture bem.

3. Acrescente o simple syrup, misture tudo e reserve.

4. Corte as framboesas na metade longitudinal e coloque de três a quatro metades em cada forminha de picolé. 

5. Despeje o conteúdo da tigela num copo ou jarra para ficar mais fácil de colocar nas forminhas e vá preenchendo-as aos poucos, para não empurrar todas as framboesas para o fundo. Se necessário e se você quiser seu picolé bem caprichado, ajeite as framboesas com uma faquinha ou colher pequena levando-as junto às beiradas.

6. Coloque os palitos e leve ao freezer até firmarem.


Picolé de pêssego, laranja, cenoura e mel

rendimento: 8 picolés

Ingredientes:

1 e 1/2 xícara de polpa de pêssego;
suco de 1/2 laranja;
1/2 cenoura ralada;
1/4 xícara de simple syrup (1/4 xíc. de açucar e 1/4 de xícara de água);
1 c. s. de mel.

Preparo do picolé:
1. Prepare o simple syrup e deixe esfriar conforme receita acima;

2. Bata no liquidificador a polpa do pêssego o suco da laranja e a cenoura ralada até homogeneizar;

3. Coe sobre uma jarra. Adicione o simple syrup e o mel, mexa bem com uma colher e despeje nas forminhas.

4. Insira os palitos e leve ao freezer até firmarem.



Picolé de morango, iogurte e água de rosas

rendimento: 6 picolés

Ingredientes:

1 e 1/2 xíc de morangos cortados e cubinhos (meça depois de cortar);
1/2 xíc de iogurte natural de sua preferência (o meu é sempre caseiro);
1/4 xíc. de simple syrup (se seus morangos estiverem bem docinhos diminua a quantidade ao seu gosto);
1 c. chá de água de rosas (se não tiver omita ou substitua conforme sua preferência).

Preparo do picolé:

1. Prepare o simple syrup conforme receita acima e deixe-o esfriar;

2. Bara 1 xícara dos morangos cortados e o iogurte no liquidificador até homogeneizar;

3. Verta os numa jarrinha, adicione a água de rosas e o simple syrup e mexa bem;

4. Despeje nas forminhas de picolé, preenchendo até a metade. Coloque alguns pedacinhos de morango da 1/2 xícara que restou em cada forminha e preencha o que restar com a polpa batida;

5. Insira os palitos e leve ao freezer até firmarem


 


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Cascas de laranja cristalizadas ou como é lindo o amor! receita revisada e atualizada!



Só porque passei uma semana inteira lavando, guardando e delicadamente recortando as cascas das laranjas divinas que comíamos no café da manhã ou depois do jantar, minhas amigas disseram que isso é coisa de quem está amando!

Ahahahahahaha. Deve ser mesmo, pois o que a elas pareceu uma jornada de abnegação, para mim foi mais suave do que espalhar manteiga no pão!

Enquanto conversávamos amenidades no fim das refeições, calmamente recortava as cascas de laranja -fruta sensação do momento lá em casa. Quando vi, ao final de uma semana juntei quase meio quilo delas!



O procedimento é simples e o resultado é incomparavelmente superior às laranjinhas compradas prontas. O sabor da laranja fica muito mais acentuado por conta de seu frescor. Além do custo praticamente zero, acho muito legal a sensação de aproveitar tudo de um alimento, da polpa à casca. 

Com estas laranjas, só faltou plantarmos as sementes no quintal, como sugeriu meu filho após comer uma mão cheia das laranjinhas cristalizadas. Huuuum... vou pesquisar a possíbilidade de um plantio de semente de laranja bem sucedido!


Cascas de laranja cristalizadas (revisada e atualizada em 10.09.2012)
receita adaptada do blog From Our Home to Yours

rendimento: quantas cascas você juntar (recomendo no mín. 1 xíc)
tempo de preparo: 1 dia + 15 min no fogo

Ingredientes:

1 xíc. de Cascas de laranja lavadas e cortadas em tirinhas (não é preciso retirar a parte branca);
1 xíc. de açucar cristal ou refinado (Na receita original a proporção é o dobro de açucar, mas fiz dos dois jeitos e preferi o resultado com a proporção 1:1, pois as cascas da laranja ficaram mais macias.)

atualização: para 1 xíc. de cascas, utilize 1/2 xíc. de açúcar. Sempre a metade do volume de açúcar. Desta maneira sobra menos açucar no fim do processo, além de torná-lo mais rápido e as laranjas mais seuinhas e macias.

Preparo:

1. Antes de comer as laranjas, lave bem a casca. Descasque-as como de costume e, com uma tesoura de cozinha (ou faca) corte as cascas em pequenas tiras de aprox. 3 cm;

2. Vá juntando as tirinhas num saco hermético ou num recipiente com tampa e deixe na geladeira até que consiga uma boa quantidade (no mínimo 1 xíc.);

3. Se estiver armazenando num saco plástico, despeje as cascas num recipiente com tampa e cubra-as com água fervente por 30 segundos;

4. Escorra a água quente e volte a cobrir as cascas, desta vez com água fria;

5. Leve à geladeira por 24h, trocando a água fria na metade do tempo;

6. Escorra as cascas e, numa panela de fundo grosso, despeje 1 xíc. das cascas e 1 xíc. de açucar (a proporção será sempre 1:1, medidas em volume, não em peso!). Cozinhe em fogo médio, mexendo sempre, até o açúcar derreter;





7. Diminua para fogo baixo e mexa de vez em quando, até que o açucar comece a secar. Assim que o açúcar começar a cristalizar, mexa constante e vigorosamente;

8. Quando perceber que formou-se uma camada cristalizada ao redor das cascas e que o açucar secou completamente (isto deve levar uns 10-15 min, desde o início do processo), retire a panela do fogo;

9. Com a ajuda de uma escumadeira, retire as cascas da panela e despeje-as sobre papel manteiga ou sobre uma superfície limpa;


 


10. Espere esfriar completamente e armazene-as num vidro com tampa, ou embrulhe-as para presentear queridos. Sirva acompanhando um cafezinho... miaaaam... irresistíveis!

sábado, 18 de agosto de 2012

O desafio da Bomba de Chocolate



Buemba, buemba! De quem é a melhor bomba de chocolate da cidade???

De quem, de quem???

Bem... "na vida real" isto não foi uma pergunta retórica e a resposta imediata, assertiva, sincera... ou no mínimo diplomática do Chéri, foi dizer que é a minha, claaaro!

Mas esta história começou no dia em que ele me perguntou se eu já havia experimentado a bomba de chocolate da padaria mais badalada de Campinas (mas de longe a melhor!), porque aquela era a melhor bomba de chocolate do mundo.

Eu não havia provado e fiquei tão injuriada por sua tremenda empolgação com o doce da cozinha alheia que o lado mais competitivo que existe em mim  venceu-me (dá-lhe!) e  forçou-me a tomar como um desafio pessoal fazer a melhor bomba de chocolate que ele já comeu na vida!

O primero passo foi comer a maravilhosa bomba da tal padaria e constatar que, huuumm, de fato era boa... mas nada impossível de superar.

O segundo passo foi pesquisar, pesquisar e ficar doidinha com as mil variáveis e possibilidades de fracasso das receitas de bomba que encontrei pela web.

O terceiro passo foi adquirir esta belezinha de livro Confeitaria Passo-a-Passo da Editora Larousse, super dummy proof, que descobri fuçando a bancada de promoções da livraria mais ordinária da cidade, enquanto fazia hora para uma sessão de cinema.

As receitas vem ilustradas com fotos passo-a-passo, coisa que, para quem não tem muita experiência é encorajador. Mas ainda assim, esta crítica impiedosa que vos escreve acha que faltam melhores explicações na montagem dos doces.

Resolvi arriscar a receita de bomba e ainda fazer uma bossa com um recheio mais refinado de amêndoas, ao invés do creme de confeiteiro. Cá entre nós, apesar do sucesso do recheio, prefiro a combinação tradicional... mas isto não altera minha colocação no ranking, que fique bem claro!




 


A massa de bomba, que é a mesma de carolina, é hiper mega fácil de fazer e o que dá trabalho e exige paciência mesmo é moldá-la com o saco de confeiteiro. O único momento tenso e de maior possibilidade de fracasso, é a retirada do forno e esfriamento das bombas. Como a massa infla em seu cozimento e fica oca, prontinha para receber o recheio, se a temperatura não diminuir bem devagar, as bombas murcharão implacavelmente, ficarão grudadas e com consistência chicletuda irreversível... um fiasco completo, acreditem porque aconteceu comigo na primeira fornada!

Mas a solução foi simples, só diminuir a temperatura aos poucos do forno e nos minutos finais deixar uma frestinha aberta, com a ajuda de uma colher de pau.

No mais, é só seguir a receita passo-a-passo, com calma, cuidado e atenção. Você fará as melhores bombas de chocolate da sua cidade, exceto se morar em campinas, obviamente!

Garanto que massa fresquinha de bomba você jamais comeu em alguma padaria. Garanto que cobertura de chocolate amargo, de excelente qualidade, bem farta e lustrosa pela manteiga puríssima que você tem em casa, nenhuma padaria faz melhor que a sua! E ainda garanto, sem medo de errar, que um recheio bem generoso com ingredientes selecionados pelo seu crivo, ganha de lavada (tal qual a seleção de volei feminino na final das olimpíadas!) da padaria mais refinada e metida à besta da sua cidade!


BOMBA DE CHOCOLATE com RECHEIO DE CREME DE AMÊNDOAS e COBERTURA DE GLACÊ DE CHOCOLATE AMARGO

tempo de preparo: 1h30
rendimento: 20 unidades. Fiz metade da receita e consegui 11 bombas


Ingredientes: 

Para a massa:

2 ovos;
120 ml de água;
50 g de manteiga cortada em cubos em temperatura ambiente;
1 c. café de sal;
75g de farinha de trigo;

Para o recheio de creme de amêndoas (nestas quantidades sobrou metade do creme, que guardei na geladeira e utilizei nesta receita aqui)

85g de amêndoas moídas ou farinha de amêndoas;
85g de manteiga em temperatura ambiente;
85g de açucar de confeiteiro;
1 ovo inteiro (como ele nao sera cozido, certifique-se de utilizar um ovo bem fresco);
8g de amido de milho ;
2 c. cha de rum

Para o glacê de chocolate:

100g de chocolate amargo;
8 c. sopa de acucar de confeiteiro;
40g de manteiga;
3 c. sopa de agua

Se fizer metade da receita de massa, faça metade da receita de glacê!


Comece pelo recheio:

Preparo do recheio:

1. Com uma colher de pau, bata bem a manteiga numa tigela média, até que adquira a consistencia pastosa;

2. Peneire o açúcar e a amêndoa e espalhe-os sobre a manteiga trabalhada;

3. Misture tudo com uma colher de pau (não se preocupe se restarem alguns pedacinhos de manteiga);

4. Junte o ovo e misture bem;

5. Quando a mistura estiver homogênea adicione o amido e o rum. Misture novamente, cubra a tigela com um filme plástico e leve à geladeira até o momento de usar.


Preparo da massa:

1. Pré aqueça o forno em 220ºC e coloque a grelha na posição intermediária. Forre uma placa de confeiteiro ou assadeira de beiradas baixas com papel-manteiga;

2. Quebre os ovos numa tigela e bata-os como no preparo de omelete. Reserve;

3. Coloque a água, manteiga e o sal numa panela e aqueça em fogo médio ate que a manteiga derreta;

4. Espere levantar fervura e retire imediatamente a panela do fogo, colocando-a em sua mesa de trabalho sobre um descanso de prato;

5. Adicione a farinha de uma só vez e misture com uma colher de pau até que a massa se desprenda da parede da panela, formando naturalmente uma bola;

6. Incorpore completamente metade dos ovos batidos e logo em seguida a outra metade;

7. Coloque a massa num saco de confeiteiro com bico redondo de 1 cm (foi o que utilizei mas acredito que o bico chato seria melhor para moldar as bombas) e, em posição perpendicular à assadeira, vá espalhando a massa em barrinhas de 7 cm, um movimento para ir, outro para voltar, ampliando a largura e sem sobrepor a outra camada. Não é necessário fazer uma camada espessa de massa porque elas inflam. Ou utilize a técnica que lhe convier, pois no livro da receita não há uma boa explicação de como modelar a bomba e fui no free-style.

8. Deixe um espaço de 3cm entre elas, pois a massa cresce e é necessária uma boa circulação de ar para que elas inflem sem queimar a base;

9. Para garantir um bom crescimento das bombas, com um garfo molhado em agua fria, faça suavemente alguns furinhos na superfície da massa.

10. Asse as bombas por 10 min. em 220C, Certifique-se de que a massa inflou e então reduza a temperatura para 180C e asse por mais 5 min.

11. Se as bombas já estiverem douradinhas, reduza a temperatura para o mínimo do seu fogão e mantenha-o entreaberto com uma colher de pau. Asse por mais 2-3 minutos , desligue o forno e aguarde mais uns 5 minutos para retirá-las.

12. Espere esfriar e corte uma das laterais da bomba com uma faquinha de serra. 

13. Coloque metade do recheio num saco de confeitar com bico redondo de 0,5 cm e recheie cuidadosamente as bombas, para a massa nao se quebrar.

Preparo do glacê de chocolate:

1. Derreta o chocolate em banho maria (ou no microondas, em intervalos de 40 s, mexendo bem a cada um deles);

2. Quando estiver completamente derretido, despeje o chocolate numa panelinha, junte o açúcar de confeiteiro e a manteiga em cubos. 

3. Leve a fogo brando, mexendo sempre, até tudo derreter;

4. Retire do fogo e acrescente a água, colher por colher;

5. Deixe o glacê esfriar um pouco, apenas o suficiente para não escorrer pelas laterais da bombas porque, por outro lado, se ficar muito frio será difícil de espalhar.

6. Atingindo a temperatura ideal para trabalhá-lo, espalhe generosamente o glacê sobre as bombas, com a ajuda de uma espátula ou colherinha de pau, formando uma camada espessa.









quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Fettuccine express de aspargos, vagem, cogumelo e azeitonas chilenas



Mais um jantarzinho corrido de meio de semana que saiu da cartola, aproveitando todos os legumes macambúzios da minha geladeira! 
  
E descobri, assim ao acaso, que vagem, aspargos e azeitonas pretas chilenas bem carnudas combinam-se extraordinariamente. E este prato é um concerto de texturas e sabores produzidos pela resistência branda do fettuccine e elasticidade dos cogumelos, pela crocância da vagem, pela maciez adocicada dos aspargos e pelas esparsas explosões pungentes da azeitona no céu da boca, estridentes como pratos de orquestra nos conduzindo ao próximo movimento... do garfo à boca, obviamente!

Massa de simples preparo, sem molho... a única e preciosa dica que posso deixar aqui é assar os legumes no forno -cebola em cubos, vagens inteiras, cogumelos cortados em quartos e os aspargos em pedaços de 5 cm (em forno à 250ºC uns 20 minutinhos bastam, mas controle o ponto pela aparência e maciez dos legumes, no meu caso prefiro mais para al dente do que bem macios), regados com um fio de azeite e salpicados de pimenta do reino e sal, embrulhados em papel alumínio... o sabor e os nutrientes se conservam cem mil vezes mais do que se cozidos ao vapor ou na água, além de ficarem irresistivelmente tostadinhos por fora!

Após cozinhar a massa de sua preferência al dente, em abundante água fervente com azeite e sal, escorra e, na mesma panela do cozimento, cubra-lhe o fundo com azeite de boa qualidade, deixe esquentar e despeje a massa. Dê uma mexida rápida e acrescente os legumes que assou no forno. Acrescente as azeitonas chilenas sem caroço e cortadas ao meio, mexa mais um pouquinho para tudo se misturar (com um garfão ou duas colheres de madeira é mais fácil), acerte o sal e a pimenta do reino moída na hora. Regue com mais um fio de azeite se necessário.

Desligue o fogo, jogue na panela um tanto de queijo parmesão ralado, misture e tampe por 1 minutinho. Sirva as porções, arremate com mais um pouco de queijo parmesão ralado na hora e fatias de pão italiano ou outro de casca mais durinha e voilà: o jantar está servido!



tempo de preparo: 30 min.
rendimento: 3 porções grandes ou 4 comedidas


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Hortinha de temperos para colocar a vida nos eixos!


 



 


Desde que mudei DEFINITIVAMENTE para a casa do Chéri, que agora é nossa casa (ieeeeeeeeeei!), com escritura, registro, quintal, cachorro, gato e muuuita coisa para ajeitar... o tempo ruge e o leão voa, como costumo dizer em momentos de quase perda da lucidez, toioioioioióin!

 Foi tudo rápido, intenso, quase sempre prazeroso e extremamente recompensador!

Correria de mudança, correria de papelada, correria para ajustar horários e logística de todos e, para completar, muita correria no trabalho. Mas finalmente arrumamos um tempinho para refazer (e ampliar!) minha hortinha de temperos, que sucumbiu no meio do caminho de duas mudanças em menos de um ano.

E como estes poucos vasinhos já me fazem sentir o turbilhão passando e os perfumes da nova rotina que aos poucos vai entrando nos eixos!


Tem óregano, manjericão, sálvia e tomilho. Alecrim, salsinha, hortelã e tomatinho cereja. E tem também várias pimentas para a alegria e empolgação dos meninos da casa!  Os cães nos fizeram companhia durante o plantio, fucinharam os vasinhos à vontade, até perceberem que brincar entre eles é bem mais divertido.


 
Enquanto estudamos um projeto legal de jardinagem, plantamos os temperinhos básicos em vasinhos e numa floreira. Escolhemos um canto do quintal que bate sol pela manhã, à tardinha e é bem iluminado todo o dia.


Este é só o primeiro passo, quero árvores frutíferas, morangos, amoras, hortaliças verdinhas e legumes coloridos povoando o quintal e alimentando a família!



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Quitutes do fim de semana parte II: sorvete cremoso de manga e framboesa, ou as desventuras de uma sorveteira fun kitchen!



Desde que comprei minha sorveteira em fevereiro, tive algumas experiências nunca 100% bem sucedidas, com exceção de um sorvete de mascarpone e marzipã que ficou cremoso, cremoso, sem uma farpinha de gelo! Como sigo todos os passos e todas as medidas da receita à risca, me dei ao luxo de concluir que o problema não sou eu e sim, a sorveteirazinha de meia tigela que comprei na gana de querer para ontem...

Tinha boas recomendações de sorveteiras importadas (hamilton beach e cuisinart) mas em Campinas não achei qualquer das duas à venda, muito menos na internet... e foi assim que resolvi arriscar nessa fun kitchen que sempre me desaponta com os cristaizinhos de gelo que não se dissolvem por completo durante o resfriamento do sorvete.

Mas como todo o problema reside na consistência e não no sabor, não resisto à tentação e de vez em quando preparo um sorvete, que sempre comemos até o fim, exclamando a cada colherada "Puxa se não houvessem esses cristaizinhos! o sabor está estupendo! miaaaam ... e se da próxima vez deixarmos mais tempo girando a pá? e se dá próxima vez deixarmos o creme ficar mais gelado?

Enfim... já tentei todas as combinações possíveis e só me resta uma pergunta a fazer: e se da próxima vez comprarmos uma sorveteira que funciona de verdade??

Pois de muito elocubrar desconfio que o problema é que o sorvete nunca sai da sorveteira na consistência que deveria, ou pelo menos, na consistência que vejo em fotos de receitas por aí! Ou seja, ou o motor não é suficientemente potente para manter o giro numa velocidade que impeça a formação de cristais de gelo, ou o sistema de resfriamento do baldinho (aquela camada interna que congela) não é suficientemente potente para manter a temperatura do sorvete fria o bastante durante o tempo em que fica girando na sorveteira.

Acho a segunda possibilidade mais plausível, mas isto é apenas especulação de uma leiga que deve estar falando a maior besteira da física e química!

Resumo da ópera: projeto sorveteira nova antes do verão 2013 -djá!

Este sorvete ficou com bastante gelinho (não muito duros, o que amenizou a frustração quase ao ponto de relevá-los), mas a combinação das mangas e framboesas é tão fantástica e inusitada que, se vc tiver uma sorveteira decente (ou não se importar muito com os gelinhos) deveria experimentar!

Mais uma vez é a mesma história: tinha uma manga enorme, perfumada e madurérrima na geladeira, sobras de creme de leite fresco e meio pacote de framboesas congeladas no freezer... plimmmmmm! Achei que ia dar samba! Daí foi só buscar uma receita de sorvete de manga na internet e pronto!

Que delícia de sorvete! ... aaah se não tivessem esses gelinhos, hein, hein?? Huuuummm, tá muito bom! miaaaam, que gelinho? eeei! Não vai acabar com tudo! Deixa um pouquinho para mim... tá bom, tá bem... divide aqui comigo o fundinho do pote...


Sorvete de manga e framboesa
tempo de preparo: 15 min + 8h de geladeira + 20 min na sorveteira + 2-3h no freezer para firmar
rendimento: 1 litro

receita levemente adaptada do blog Just one Cookbook

Ingredientes:

2 xícaras de manga cortada em cubinhos (1-2 unidades grandes, meça depois e cortar);
3/4 xíc. de açucar cristal;
Suco de 1 limão;
1 xíc. de creme de leite fresco;
3/4 xíc de leite integral;
1 xíc. de framboesas frescas ou congeladas;

Preparo:

1. Bata a manga e 1/4 de xíc de açucar e o suco do limão no liquidificador até obter uma polpa homogênea;

2. Numa tigela grande misture com um fouet o creme de leite fresco, o leite e o restante do açucar, mexendo até que o açucar dissolva;

3. Despeje nesta tigela a polpa de manga e mexa delicadamente para misturar;

4. Cubra a tigela e leve à geladeira por, no mínimo, 2h (eu deixei a noite toda gelando na esperança de obter um resultado melhor com o creme mais gelado, o que as pessoas que tem uma boa sorveteira recomendam e dizem que, de fato, faz diferença!);

5. Passado este tempo, coloque o crem na sorveteira e deixe bater por 20 min, ou siga as instruções do fabricante;

6. Despeje o sorvete no pote e misture as framboesas;

7. Leve ao freezer por mais um par de horas e divirta-se!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Quitutes do fim de semana parte I: Bolinhos de morango e noz pecã



Para encerrar um fim de semana delicioso que passamos na companhia de grandes e eternos amigos, preparei estes bolinhos domingo à noite, driblando o "cansaço do bem" da caminhada, do mergulho no rio, dos espumantes e da pequena viagem de volta :-)

Em época de aulas procuro sempre preparar algum quitute um pouco mais saudável para o lanche do meu filho na escola e nas solitárias tardes em que ele passa em casa alguns dias da semana. Cansaço do bem  foi um "jeitinho astral" que encontrei para descrever o baita prego em que me achava, por isso, lancei mão da receita de bolo mais fácil e rápida do universo, substituindo os penduricalhos das versões anteriores (pinhão e coco, banana e chocolate) pelo que havia em casa: morangos e pecãs (que comprei já grosseiramente picadas). Para coroar o momento 'esforço zero' distribui a massa em forminhas individuais forradas com forminhas de papel, para nem mesmo precisar untar e enfarinhar uma forma grande!

Os bolinhos, como sempre, ficaram macios, com uma textura deliciosa proporcionada pelas pecãs e um marcante sabor baunilhado de nozes...mas que só deixou o morango aparecer nos pedacinhos isolados que não se dissolveram enquanto assavam. 

Estou aprendendo a cozinhar com morangos e, para quem quiser assar bolos com bastante sabor de morango, tenho duas dicas que aprendi fuçando por aí não me perguntem onde que já não lembro:

1. Morangos têm muita água e, por isto, é melhor escolher uma massa mais densa (como estas a base de óleo, não manteiga) para que comporte uma grande quantidade deles sem ficar muito rala;

2. Para ressaltar o seu sabor delicado, seria melhor fazer um purezinho de morangos ao invés de colocá-los crus na massa (ou acrescentar ambos), apenas levando os morangos cortadinhos, um pouco de açucar e um espremidinha de limão em uma panelinha em fogo médio baixo e cozinhar até as frutas amolecerem mas não se dissolverem por completo. 

ps. Por que não fiz isto se já sabia? "Cansaço do bem"...


Para a receita do Bolo de Morango e Noz Pecã, sigam esta minha receita aqui, substituindo a banana e chocolate pelo morango e as pecãs grosseiramente picadas, respectivamente na mesma medida e no  mesmo momento indicado!

Ah! O tempo de preparo é o mesmo de lá e desta vez consegui 24 forminhas iguais a da foto!



quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Iogurte grego: quando o que já era divino fica ainda melhor!


Pense numa pessoa parcial, suspeita e tendenciosa para falar de iogurte. Esta sou eu. Mas apenas em relação ao iogurte feito em casa, pois os de supermercado não me interessam há muito tempo. E não é por frescurite natureba e auto sustentável não, é uma questão de sabor!

... e de consistência.

Adoro iogurte bem denso, daqueles que facilmente se transformam em pastinha com adição de algum tempero ou ervas frescas, ou quando batidos com uma colher ficam tão cremosos que é uma delícia comê-los purinhos ou apenas com um fiozinho de mel!

Mas, por mais que eu tentasse atingir esta consistência acrescentando leite em pó no preparo do meu iogurte caseiro, apenas com a drenagem do soro é que ele se transforma neste manjar dos deuses. E iogurte grego, felizmente, meus amigos,  é nada além de iogurte caseiro drenado por 24h, ou menos ou um pouco mais, conforme o seu gosto.

O importante é usar leite integral o menos pasteurizado e processado possível porque, quanto maior a quantidade de gordura, mais intenso o sabor e mais cremosa a consistência. E para os fatfree freakers, proponho um desafio: comam metade da quantidade deste iogurte gordo, denso e cheio de sabor, pela mesma quantidade de calorias e com o dobro do prazer que um iogurte desnatado, ralo e insoso lhes oferece!   

Não é difícil encontrar receita de iogurte grego na internet e só não havia feito até hoje porque não tinha o tal cheesecloth, um pano fininho para fazer queijo utilizado para a drenagem. Foi então que recebemos um dica valiosa de uma colega do chéri: utilizar touquinhas descartáveis, daquelas de cozinha que você encontra com facilidade em casas especializadas, vendidas aos montes por um precinho módico!

Dããã! Para e pensa porque nunca teve esta idéia :-p

Na mesma noite em que consegui as touquinhas, peguei umas boas colheradas do my precious e coloquei num coador de plástico (um dia terei apenas de inox...) forrado com a touquinha e apoiado sobre as bordas de um tuppeware redondo. Mais gambiarra impossível!






Cobri com a tampa e deixei drenando por 24h. Escorreu bastante soro, que guardei num pote de vidro com tampa para substituir o buttermilk no preparo do meu próximo bolo. Então despejei o iogurte grego num potinho e, ao invés de batê-lo com um garfo ou colher para ficar extra cremoso, deixei do jeito que estava, preservando sua consistência de queijo cremoso.


Na manhã seguinte misturei (sem bater com garfo)  um bocado com um fio de azeite e sal e comemos com torrada no café da manhã. Miaaaam!

Já de noite, preparei umas bruchettas cobrindo algumas fatias de pão italiano levemente tostado  e saído do forno com um outro tanto do iogurte grego, desta vez bem batido, com um pouco de extrato de baunilha caseiro. Por cima salpiquei amêndoas e pistaches tostados rapidamente numa frigideira e reguei um fio de mel esquentado para ficar mais fluido. Um luxo!

Estou absolutamente in love com o meu mais novo caseirinho e já coloquei mais um tanto de iogurte caseiro para drenar. Desta vez pretendo rechear muffins, adaptando uma receita de um livro novo, que pede uma variedade de queijo de cabra que não costumo ver por aqui...