quarta-feira, 9 de abril de 2014

Risotto caipira de linguiça curada e queijo da Serra da Canastra





Com a visita tão esperada das minhas irmãs: a  loiruda praticamente alemã e a garouta carioca suíngue sangue bom, propusemos um roteiro rural no fim de semana, com direito à mergulho na cachoeira, doces de doçaria do interior (creminho de padaria, coalhada com calda de figo e geladão de abacaxi), conferência de patos, gansos, galos, galinhas, pintos, galinhas d'angola, etc., degustação de licores caseiros e cachaças branquinhas (as preferidas do Chéri que aprendi a apreciar), muita prosa fiada e aquela sensação de sossego que conseguimos vivenciar quando extraímos prazer em simplesmente estarmos cercados de verde,  ouvindo o mugido lânguido de uma vaca malhada cortando o canto de algum passarinho escondido no mato. 

Paz interior. Observância do momento presente. Tão simples e tão difícil de se conseguir. 

E daí que para outra receita de risotto (em que apenas os elementos se diferenciam) deixo registrado neste blog que guarda minhas memórias, um episódio muito feliz da minha vida: um tempo delicioso passado com minhas queridas-irmãs-maior-presente-do-mundo. 

Voltamos para casa (infelizmente cada uma para a sua -e isto significa milhas e milhas distantes) com goiabada cascão, doce de leite em penca, queijo da Serra da Canastra, galões de água mineral, rios de saudades e uma vontade monstra de preparar uma refeição caipira. 

Como estou "passando" o leitão à pururuca, preparei este risotto aberto na cachaça (ao invés de vinho branco), com linguicinha curada (e apimentada) cortada em cubinhos e muito queijo da Serra da Canastra também picado em cubinhos.

O preparo, como já disse, é o mesmo destes todos que já postei aqui, apenas acrescente na metade do cozimento a linguiça e no fim, faltando, uma ou duas conchas de clado para atingir a consistência desejada do arroz, adicione os cubinhos de queijo da Canastra. No fim, para não macular a integridade brasileira do prato, substitui o parmesão por queijo meia cura ralado.

Adoramos o resultado e achei bem interessante o sabor... lá no fundo, bem suave, da cachaça ao invés do vinho branco.

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