sexta-feira, 30 de maio de 2014

Creme de abacate com praliné de pecans






Creme de abacate é uma das poucas sobremesas do dia a dia, daquelas que tinha sempre em casa num almoço qualquer de quarta feira, que faz parte das minhas memórias de infância. Era tão bom que nunca parei de fazer e é uma das poucas receitas de família que não alterei ingredientes e proporções com o passar do tempo.

Até que no domingo passado não sei porquê resolvi fazer firula e inventei de combiná-lo com um praliné de pecans. Além do visual mais convidativo, combinou tanto o crocante docinho com o cremoso cítrico (devido ao limão que adiciono ao creme) que soube na primeira colherada que havia inaugurado um clássico ;-)

Creme de Abacate: 
rendimento: 6 porções 
preparo: 5 minutos

Ingredientes

  • 1 abacate bem maduro e bem grande;
  • suco de 1 limão;
  • 1 lata de leite condensado;
Preparo: bata tudo no liquidificador. 


Praliné de pecans
rendimento: 1 xícara
preparo: 15 minutos

Ingredientes:
  • 50g de pecans sem casca obviamente (ou outra noz/castanha de sua preferência);
  • 100g de açúcar refinado;
Preparo:
  1. Numa frigideira de beirada alta, em fogo médio, derreta o açúcar até virar um caramelo cor de guaraná, mexendo com uma colher ou espátula;
  2. Desligue o fogo, junte as pecans e mexa bem para incorporar;
  3. Despeje tudo num tapetinho de silicone ou no mármore untado com um pouco de óleo;
  4. Espere esfriar e num pilão soque as pecans para formar uma farofinha. Eu prefiro o praliné mais pedaçudo, mas se preferir processe alguns minutos para um consistência de farofinha fina;
  5. Sirva sobre o creme de abacate, ou sobre sorvete, pudim, panacota... 































segunda-feira, 26 de maio de 2014

Chocolate quente cremoso para uma noite fria de chuva



Domingo à noite. Frio. Chuva fina. Preguiça de sair de baixo do cobertor de pelucinha.
Domingo um pouco mais à noite. Frio. Chuva Fina. Gula. Vontade de chocolate quente.  Quente e cremoso. 
Preguiça de preparar qualquer coisa mais complicada do que:

2 xícaras de leite integral;
1/4 xícara de gotas de chocolate meio amargo;
1/4 xícara de cacau 100% belga;
1 pitada de sal;

Coloque tudo na panelinha em fogo médio-baixo, mexa até dissolver o pó de cacau e derreter o chocolate. Aumente o fogo, deixe ferver e desligue imediatamente, antes de rapidamente transbordar e lambuzar toda a boca do fogão, destruindo seus planos de correr de volta para debaixo do cobertor A.S.A.P. 

Adicione o sal, mexa bem e sirva numa xícara ou caneca fofa com espuma de leite, chantilly, canela em pó, marshmallows ou simples assim, cremoso assim, que já é UMA delícia. 

Gostaram? Façam nessa onda de friozinho que ainda dá tempo. 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Cozinha intuitiva parte II: Gnocchi de cenoura e batatas com molho pesto e espinafre






Quando eu estava no Rio preparando o bolo e os quitutes do aniversário do meu amado sobrinho afilhado, contei com a ajuda da Fran, a filha fofa de uma amiga querida que adora e tem talento para a cozinha. Com o papo rolando solto em meio aos preparativos perguntei faceira qual era o o seu prato especialidade e ela, do alto de seus treze anos (acho eu), me disse que era gnocchi de mandioquinha com molho de gorgonzola. 

Oooô quê?? 

Fiquei realmente encantada até porque eu mesma, do alto dos meus trinta e tra lá lá anos NUNCA havia preparado gnocchi. Imaginava uma complicação... Perguntei como era que se faziam os benditos e com a maior naturalidade do mundo ela me contou o passo a passo que faz assim, de olho mesmo, na intuição.

Passadas umas boas semanas acordei mega indisposta numa sexta feira e não fui trabalhar. Depois de uma manhã inteira mosqueando na cama, tremendamente entediada, levantei, senti um buraco no estômago, olhei para as duas batatas e a única cenoura da minha cesta de legumes e resolvi fazer o gnocchi da Fran. 

Slow motion mode on.

Fiz como ela disse: cozinhei as batatas e a cenoura até ficarem bem molinhas, deixei esfriar, amassei com o garfo, coloquei  sal e metade das batatas, reservei numa tigela e a outra processei rapidinho juntamente com a cenoura e despejei em outra tigela.  Assim ia fazer gnocchi bicolor para alegrar meu dia de doente. 

Em cada uma das tigelas misturei um tanto de grana padano raladinho e fui acrescentando farinha de trigo até achar o ponto ideal para modelar os gnocchizinhos. Parece que acertei o ponto da massa com cenoura pois conservou melhor sua forma após o cozimento. Fui cortando os pedacinhos e passando num utensílio de madeira que comprei na Itália para fazer ranhuras, o que aparentemente não funcionou :-(

Fervi a água com bastante sal e joguei meus bebezinhos lá. Aos poucos foram boiando, fui retirando com uma escumadeira, escorrendo bem e jogando direto numa frigideira forrada com manteiga de garrafa bem quente para dar uma salteada.  Desliguei o fogo, tchotchei mais um tanto de grana padano na frigideira, misturei bem delicadamente e servi (a mim mesma) sobre folhas de espinafre temperadas com sal azeite e limão e salpiquei os últimos suspiros do molho pesto que havia feito uns dias atrás. 

Não preciso dizer que ficou divino, né? Adorei e tirei a cisma de gnocchi pronto que tem gosto só de farinha. A combinação da cenoura adocicada com o salgadinho do grana padano me ganhou.  Além de toda a gostosura rende um bocado: as duas batatas e a cenoura que cozinhei poderiam alimentar 4 pessoas! 

Agradeço a minha cozinheirinha Fran Fran pela bela receita que funciona ;-) 

terça-feira, 20 de maio de 2014

Cozinha mexicana intuitiva: Chili com carne e um apanhado dos restaurantes que comi por aí...





Acordei domingo decidida a fazer um almoço mexicano. Nunca havia feito em casa algo além de guacamole pois a expert em comida mexicana é a minha irmã garouta carioca e geralmente é ela quem prepara e nos convida. Em compensação, frequentemente vamos jantar em restaurantes mexicanos por aí e repertório de mesa é o que não me faltava.

Também acordei decidida a não procurar e seguir receitas. Se por um lado gosto e respeito a rigidez da confeitaria, adoro cozinhar livremente, apenas seguindo meus instintos e sem parar para pesar e medir ingredientes, conferir passo a passo etc. 

E foi assim que fiz um apanhado mental dos sabores mexicanos que já experimentei por aí, botei um feijão marronzinho mineiro para cozinhar sob a supervisão do Chéri e e me mandei para o supermercado buscar os víveres que faltavam. 

Cheguei com o feijão já cozido e  enquanto refogava a carne do Chili preparei os acompanhamentos. Em menos de uma hora estávamos almoçando e foi bem menos trabalhoso e muito mais fácil do que imaginei. O  Chili ficou um espetáculo, sobretudo devido à pimenta chilena defumada que um amigo nos presenteou. 

Para acompanhar servi queijo cheddar picadinho, sour cream caseiro, o meu guacamole habitual e pico de gallo. As tortillas de trigo compradas prontas foram o único ponto fraco do almoço e os meus críticos residentes que não são nada fáceis propuseram que da próxima vez eu mesma as faça. Exigentes não?  Seguem as receitas dummy-proof para um delicioso almoço mexicano. Fico devendo (ainda) as tortillas ;-)


Chili com carne
rendimento: 6 pessoas
tempo de preparo: 30 minutos + tempo de cozimento do feijão


Ingredientes:
  • 500g de carne moída (usei patinho moído 2x);
  • 3 xícaras de feijão rajado ou carioca (aquele marrom) cozido e escorrido; 
  • 2 xícaras de passata de tomate;
  • 1 lata de tomate pelado inteiro;
  • 1 cebola média cortada em cubinhos;
  • 1 pimenta chilli fresca picadinha 9se gosta picante não descarta as sementes;
  • 4 colheres de sopa de pimenta defumada em pó (se não tiver substitua por 1 c. sopa de cominho e 2 c. sopa de pimenta chili em pó;
  • azeite, sal e coentro à gosto; 
Preparo: 
  1. Numa panela ou frigideira de bordas altas (ou wok) refogue a pimenta fresca no azeite por alguns minutinhos;
  2. Acrescente a cebola picada e refogue até amaciarem;
  3. Acrescente 2 c. sopa de pimenta defumada em pó ou 1 c. sopa de cominho e 1 colher de sopa de pimenta chili em pó e misture;
  4. Acrescente a carne moída e refogue até cozinhar;
  5. Acrescente a passata de tomate e o tomate pelado;
  6. mexa de vez em quando e deixe apurar o caldo (uns 10 minutinhos);
  7. Adicione um tanto (uma mão cheia) de coentro fresco picadinho e misture;
  8. Prove e acerte o sal e adicione mais pimenta se preferir (a ideia é deixar o prato picante);
  9. Por último, acrescente o feijão cozido e escorrido, uma xícara de cada vez, até engrossar o molho mas não secá-lo. Aqui vai de gosto mais ou menos feijão;
  10.  Veja se é preciso acertar o sal novamente;
  11. Despeje no recipiente de servir e salpique bastante coentro por cima (se não gosta de coentro use salsinha, mas acho importante um tempero fresco para contrastar);
  12. Sirva com os acompanhamentos de sua preferência e recheie tortillas de trigo ou de milho;

Sour cream: Antes de começar a preparar o Chili, ou de preferência na noite de véspera despeje num potinho 1 xícara de creme de leite fresco e adicione 3 colheres de chá de limão espremido. Mexa até engrossar um pouquinho, cubra com papel filme e deixe descansar por no mínimo 1h. quanto mais tempo mais grosso fica; 

Pico de gallo: é uma espécie de vinaigrette mais sequinho. Pique meia cebola e 2 tomates em cubinhos bem pequenos. Acrescente cebolinha e salsinha picada, limão espremido, azeite e sal. Tudo assim a olho. Sirva em um potinho;

Para o Guacamole veja aqui esta minha receita ou faça a sua preferida



quinta-feira, 15 de maio de 2014

Spaghetti alla Carbonara e uma foto presente de dia das mães.





Para o dia das mães não tive dúvida de que prepararia este prato que é um dos clássicos favoritos aqui de casa. Bacon, ovos e queijo pecorino são melhores amigos desde criancinha e nós três adoramos todos eles.

Existem zilhões de receitas de spaghetti alla carbonara por aí mas esta que eu faço e aprendi na Itália é simples, deliciosa e particularmente difícil, quase impossível de errar. O engraçado é que não é um prato nada fotogênico e esta foi a primeira vez que (acho que) consegui fotografá-lo sem parecer uma gororoba "larica total." Considerei o fato um presente surpresa de dia das mães :-)

E também foi a primeira vez que me lembrei de usar noz moscada, como pede a receita tradicional,  ao invés da pimenta do reino que quase automaticamente coloco em tudo o que faço. E faz toda a diferença.  A noz moscada, com o seu frescor perfumado traz leveza a este prato em que predominam as gorduras da gema, bacon e queijo.

Prefira ingredientes de excelente qualidade: ovos fresquíssimos e caipiras, um bacon bem carnudo e o melhor queijo pecorino ou parmesão que encontrar. Eu faço tudo meio que a olho então fique confortável para aumentar e reduzir quantidades de acordo com o quanto você quer que o sabor dos ingredientes apareça no prato.



SPAGHETTI ALLA CARBONARA
rendimento: 4 porções sem repeteco
tempo de preparo: 30 minutinhos


INGREDIENTES

  • 1 pacote de spaghetti de sua preferência ou 400g de massa de spaghetti caseira;
  • 4 gemas e 1 ovo inteiro (tamanho grande). 
  • 200g de  bacon cortado em cubos;
  • 100g de pecorino ou parmesão ralado;
  • 1 fio de azeite;
  • noz moscada (fresca e ralada na hora) a gosto;
PREPARO:
  1. na espagueteira ou numa panela grande leve a água com bastante sal ( a ideia é ficar salgada como água do mar) para ferver;
  2. Enquanto isto, numa tigela grande (eu já utilizo um bowl de vidro que uso para levar à mesa) despeje as 4 gemas e o ovo inteiro e misture levemente. Acrescente o queijo ralado, um pouco de noz moscada ralada na hora, misture e reserve;
  3. Numa frigideira grande coloque um fio de azeite e o bacon em cubinhos e refogue em fogo médio até o bacon ficar crocante e o líquido bem quente. 
  4. Ao mesmo tempo em que começou a refogar o bacon, despeje o spaghetti na água fervente e cozinhe até ficar al dente. A idéia é que o bacon esteja crocante e bem quente ao mesmo tempo do cozimento da massa. Se preferir cozinhe o bacon antes, desligue o fogo e aqueça novamente ao fim do cozimento do spaghetti;
  5. Quando o spaghetti estiver al dente despeje o bacon quente na mistura de queijo e ovos e misture bem para as gemas cozinharem com a gordura quente do bacon;
  6. Escorra o spaghetti e misture ao molho na tigela. Transfira para a vasilha de servir e leve à  mesa;
  7. Sirva os pratos e rale mais um bocado de noz moscada por cima do spaghetti de cada prato. 

     

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Rocambole de mozzarella de búfala, presunto, folhas de espinafre, azeitonas pretas e molho pesto




Após a comilança desenfreada do feriado iniciei a semana no modo remissão ligado. Segunda feira jantamos uma sopa de favas, alho poró e espinafre -todos fresquíssimos adquiridos na feira de produtos locais de Serra Negra, cidade do Chéri, onde passamos o feriado. 

E no dia seguinte, para continuar a dar cabo no enorme maço de espinafre comprado (me acostumei a colher apenas a quantidade de folhas para uma refeição na minha horta que tinha esquecido desta correria antidesperdício), preparei este rocambole de mozzarella de búfala com coisinhas gostosas que estavam disponíveis na geladeira e despensa: presunto cozido, azeitonas chilenas suculentas e carnudas e um pesto que fiz rapidinho com manjericão do meu quintal (survivor) restinhos de um grana padano, alho, azeite e sementes de girassol tostadas.

Se você encontrar a "manta" de mozzarella de búfala para comprar, 80% do trabalho está feito. Depois é só organizar os ingredientes do recheio em camadas. No meu caso, fiz assim: 
  1. Forrei com papel filme uma tábua de servir;
  2. Coloquei a manta de mozzarella por cima;
  3. Cobri toda a superfície com fatias de presunto cozido;
  4. Espalhei colheradas generosas de pesto sobre o presunto;
  5. Cobri com as folhas de espinafre cruas, lavadas e secas;
  6. Espalhei quartos de azeitonas pretas descaroçadas;
  7. Reguei tudo com um fio de azeite e moí pimenta do reino por cima;
  8.  Com a ajuda do papel filme, enrolei tudo bem apertado;
  9. Deixei refrigerando 30 minutos na geladeira;
  10. Servi com pão de nozes.