quinta-feira, 22 de maio de 2014

Cozinha intuitiva parte II: Gnocchi de cenoura e batatas com molho pesto e espinafre






Quando eu estava no Rio preparando o bolo e os quitutes do aniversário do meu amado sobrinho afilhado, contei com a ajuda da Fran, a filha fofa de uma amiga querida que adora e tem talento para a cozinha. Com o papo rolando solto em meio aos preparativos perguntei faceira qual era o o seu prato especialidade e ela, do alto de seus treze anos (acho eu), me disse que era gnocchi de mandioquinha com molho de gorgonzola. 

Oooô quê?? 

Fiquei realmente encantada até porque eu mesma, do alto dos meus trinta e tra lá lá anos NUNCA havia preparado gnocchi. Imaginava uma complicação... Perguntei como era que se faziam os benditos e com a maior naturalidade do mundo ela me contou o passo a passo que faz assim, de olho mesmo, na intuição.

Passadas umas boas semanas acordei mega indisposta numa sexta feira e não fui trabalhar. Depois de uma manhã inteira mosqueando na cama, tremendamente entediada, levantei, senti um buraco no estômago, olhei para as duas batatas e a única cenoura da minha cesta de legumes e resolvi fazer o gnocchi da Fran. 

Slow motion mode on.

Fiz como ela disse: cozinhei as batatas e a cenoura até ficarem bem molinhas, deixei esfriar, amassei com o garfo, coloquei  sal e metade das batatas, reservei numa tigela e a outra processei rapidinho juntamente com a cenoura e despejei em outra tigela.  Assim ia fazer gnocchi bicolor para alegrar meu dia de doente. 

Em cada uma das tigelas misturei um tanto de grana padano raladinho e fui acrescentando farinha de trigo até achar o ponto ideal para modelar os gnocchizinhos. Parece que acertei o ponto da massa com cenoura pois conservou melhor sua forma após o cozimento. Fui cortando os pedacinhos e passando num utensílio de madeira que comprei na Itália para fazer ranhuras, o que aparentemente não funcionou :-(

Fervi a água com bastante sal e joguei meus bebezinhos lá. Aos poucos foram boiando, fui retirando com uma escumadeira, escorrendo bem e jogando direto numa frigideira forrada com manteiga de garrafa bem quente para dar uma salteada.  Desliguei o fogo, tchotchei mais um tanto de grana padano na frigideira, misturei bem delicadamente e servi (a mim mesma) sobre folhas de espinafre temperadas com sal azeite e limão e salpiquei os últimos suspiros do molho pesto que havia feito uns dias atrás. 

Não preciso dizer que ficou divino, né? Adorei e tirei a cisma de gnocchi pronto que tem gosto só de farinha. A combinação da cenoura adocicada com o salgadinho do grana padano me ganhou.  Além de toda a gostosura rende um bocado: as duas batatas e a cenoura que cozinhei poderiam alimentar 4 pessoas! 

Agradeço a minha cozinheirinha Fran Fran pela bela receita que funciona ;-) 

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